segunda-feira, 25 de abril de 2011

O apagão do PSDB

O PSDB novamente se vê com problemas de apagão, mas desta vez a natureza não é a mesma de 2001 e 2002, quando a irresponsabilidade do governo de Fernando Henrique Cardoso levou o Brasil ao sufoco do racionamento. O partido definha, perdendo seus quadros, que saem com críticas ao caciquismo e à falta de democracia das instâncias. Do jeito que a coisa vai, o último tucano a sair será o FHC, já que de apagar a luz ele entende.


Desta vez o PSDB perdeu um de seus fundadores, o secretário de Esportes e Lazer da cidade de São Paulo, Walter Feldman, que entre outras críticas, disse ao jornal paulista Estadão, que:

- o partido está se "desviando" de seu caminho original;
- a sua saída da legenda não tem relação com a criação do PSD, do prefeito paulistano Gilberto Kassab;
- "O PSDB está hoje no desvio, o Fernando Henrique tem apontado isso, a saída dos vereadores aponta isso. Um partido que despreza a participação dos vereadores na organização do diretório e depois trata como mal pequeno a saída deles está no desvio";

- a debandada do partido parece com o período da fundação do PSDB, no final da década de 80. Segundo Feldman, o mesmo descontentamento que marcou sua saída do PMDB em 1988 é o que motiva sua decisão. "A saída dos vereadores é uma crítica duríssima a atual história do PSDB, que está fora de seu projeto original. Hoje o PSDB está num projeto de poder", criticou. "Estou muito triste porque o PSDB foi um partido que eu fundei", lamentou.

- o PSDB precisa resgatar o ideário dos ex-governadores Franco Montoro e Mário Covas - lideranças históricas da sigla. "Minha vida é feita de ciclos e, infelizmente, o meu ciclo no PSDB, para mim, acabou".



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