quinta-feira, 7 de abril de 2011

Rio : Um psicopata, doze crianças mortas, duas armas

Agora à noite os telejornais e durante todo o dia nas ruas o assunto era o bárbaro massacre na escola em Realengo por um possível psicopata. Nunca tivemos no Brasil uma chacina dessas, que é tristemente comum nos Estados Unidos. Choque é a palavra mais certa para traduzir o que os cariocas sentem neste momento. Mesmo acostumados a muita violência, os moradores do Rio choraram a morte dessas crianças que não tinham nada a ver com a loucura do assassino.


O crime premeditado deixou uma carta com instruções para o sepultamento, um lençol para ser embalado e pedido de oração para ser perdoado pelos seus atos. Da parte da polícia, um depoimento de um oficial foi definitivo para esse tipo de caso: da forma sorrateira que o assassino entrou na escola, enganando o funcionário da portaria, um policial no local provavelmente seria o primeiro a ser morto. Não adianta, portanto, agir com histeria botando policiais nas escolas porque num caso como este seria inútil o reforço, segundo as autoridades.

A questão agora é saber como Welington adquiriu dois revólveres, um de calibre 32, outro 38, com numerações raspadas, e um carregador especializado que permitiu a recarga rápida das balas. Matou com tiros na cabeça crianças que selecionou. Segundo a polícia, tinha munição para matar muito mais gente, até ser atingido e, na versão da polícia até aqui, ter-se suicidado.

Nos Estados Unidos é fácil comprar armas, e toda casa tem uma ou mais, legalmente. No Brasil o porte é restrito, e mesmo assim o psicopata, que era uma pessoa pacata, de poucos amigos, arranjou duas e muita munição. Agora é voltar à discussão sobre desarmamento, iniciado há alguns anos, que resultou na redução de criminalidade em diversas grandes cidades.



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