Um milhão de franceses pararam setores vitais da economia hoje, e fizeram uma grande passeata para protestarem contra o governo de direita de Sarkozy, que tem destinado imensas ajudas a banqueiros e empresários, enquanto aos trabalhadores restam o desemprego e a redução do poder aquisitivo. Foi o primeiro grande protesto num país desenvolvido. Também hoje, na Alemanha, as centrais sindicais exigiram que os bancos prestem contas das operações que têm em paraísos fiscais. Nos EUA, Obama ficou surpreso ao saber dos bônus que as empresas em dificuldades pagaram aos seus executivos.
Há um padrão no enfrentamento da crise: o Estado ajuda ao Mercado, acreditando que esse "empurrão" o faça pegar "no tranco" para voltar a regular a economia, ao arrepio da atenuação dos efeitos sobre os trabalhadores, humilhados em negociações para redução de salários, licenças, etc. Os protestos precisam assumir escala global para que essa lógica seja mudada a favor da proteção aos que mais sofrem com a crise.
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