A vergonha da escravidão persiste no Brasil, quase toda no campo. Apesar do crescente esforço do Ministério do Trabalho para a sua erradicação (vide tabela), o problema continua prejudicando a imagem do Brasil como nação civilizada. Dados da Comissão Pastoral da Terra apontam para a existência de mais de 25 mil escravos hoje.
Para punir rigorosamente esse crime hediondo, está em tramitação no Congresso a proposta de expropriação das terras onde for constatada escravidão. Essa punição já existe para as terras onde se produzam drogas.
A direita ruralista, encabeçada pelo senador Ronaldo Caiado (DEMo), fundador da UDR, quer barrar a tramitação da proposta, temendo que sejam forjados flagrantes por movimentos de sem-terras como forma de expropriar terras produtivas para a reforma agrária.
A questão é que a escravidão não é praticada por gente com mentalidade do século XVIII, mas por "modernos" produtores do "agrobusiness", empresários, políticos, juízes, ou seja, gente que tem conhecimento do que está fazendo para ganhar dinheiro em cima da miséria de gente que trabalha sob coação, sem direitos trabalhistas mínimos. Todos eles integram a direita política, daí os setores mais conservadores do Congresso se mobilizarem para evitar maiores punições aos escravocratas.
Vide mais em http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_18/2009/03/18/noticia_interna,id_sessao=18&id_noticia=89816/noticia_interna.shtml
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