Não adianta o cartel dos bancos privados chorar, que as medidas do governo de retomar as rédeas do BB e colocá-lo com a CEF e BNDES estão funcionando. Desde o agravamento da crise a ação dos bancos públicos para oferecer crédito a juros menores, associada a medidas tributárias para fortalecer cadeias produtivas importantes (veículos, construção, eletrodomésticos), vêm amortecendo os impactos de desemprego e recessão comuns aos outros países.
Isso ainda não é suficiente, porque os juros estão em patamares absurdos, e esperar que o mercado promova a queda dos juros do oligopólio privado é fantasia. Quando se fala em mudar a poupança para proteger o pequeno poupador e impedir seu uso por especuladores, é porque vem mais por aí, como uma queda contínua e forte na SELIC, tornando desestimulantes os títulos públicos que fazem a tranquilidade do capitalismo sem riscos dos bancos privados.
O chororô do mercado faz com que a mídia publique coisas ridículas, como que o BB fez troca-troca de vice-presidentes, contemplando 6 dos novos cargos com "petistas". A matéria de capa do O Globo de ontem deve ter causado gargalhadas entre o funcionalismo do BB, ao dizer que certos novos vice-presidentes são "simpatizantes" ou "ligados" ou "próximos" ao PT. Um deles, que conheci de perto, mostrava-se contra seus funcionários "petistas" ou "ligados ao PT", e agora foi fichado pelo O Globo como "próximo ao PT". Tudo isso para fugirem ao papel mais impopular de defender abertamente o cartel dos banqueiros.
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