Lula não aprendeu que nunca será aceito pela tal elite dominante, e que qualquer bobagem que diga ou faça será implacavelmente usada contra ele. A da vez foi a brincadeira com Hugo Chavez, que foi pega "em off" pelos microfones atentos da mídia hostil, onde disse que se emplacasse a Dilma na sua sucessão, seria o presidente da Petrobrás.
Pouco antes, na entrevista com Chavez, Lula disse que não haviam chegado a acordo sobre a refinaria Abreu e Silva, em Pernambuco, porque a Petrobrás e a PDVSA eram dois gigantes, e que se resolveriam. Ao dizer, mesmo em tom de brincadeira, que queria ser o presidente da Petrobrás, Lula deixou passar, por ato falho, que o poder da Petrobrás seria maior que o da Presidência da República.
Não está errado. O gigante Petrobrás tem um orçamento de investimentos da ordem de grandeza do disponível da União para o resto do país. E o executa sem negociar com a bandidagem da política. Como poder em país corrupto é medido pelo orçamento disponível para gestão, o raciocínio tem certa lógica. Não é à toa que o PMDB usou o DEMo e o PSDB como bois de piranha para chantagear mais espaços com Lula via CPI da Petrobrás.
ca
Nenhum comentário:
Postar um comentário