O atual presidente do Irã foi reeleito com 62% dos votos contra 34% de um dos candidatos da oposição, que agora diz que houve fraude e bota seus simpatizantes nas ruas para exigir um novo pleito. A oposição fez sua campanha acusando o Ahmadinejad de fragilizar a economia e de isolar o Irã em relação ao ocidente com sua postura radical na defesa do programa nuclear.
Fazem côro com o derrotado candidato Moussad a secretária de relações exteriores americana Hillary Clinton e outros porta-vozes de governos das grandes potências. Agora terão que engolir essa manifestação de apoio popular eleitoral, e também o apoio do líder supremo da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, que é, no sistema iraniano, a maior autoridade do país, ao candidato reeleito.
O atual governo iraniano apóia o Hezbolah no Líbano e o Hamas na Palestina. Obama declarou no Egito que quer uma solução rápida para o conflito entre israelenses e palestinos, e esperava ter no Irã uma liderança mais aliável, como Moussad, para neutralizar os problemas no campo árabe. Com o resultado, a política americana vai ter que conversar com Ahmadinejad, com a Síria e demais partes interessadas na destruição do estado de Israel, e botar na mesa soluções para a estabilização do Iraque e até do Paquistão. Hillary vai ter muito trabalho...
Nem tudo está perdido. O governo brasileiro vai promover, na Palestina, um jogo de futebol entre Flamengo e Corinthians, em nome da paz. Já fez isso uma vez com a Seleção no Haiti, e os nossos atletas saíram vivos e o povão gostou do circo. Fazer um jogo desses com Ronaldo, Adriano e outros craques é tranquilo, pode não acrescentar em nada ao processo de paz, mas dá Ibope ao Brasil na campanha por uma vaga no Conselho de Segurança da ONU.
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