Acordei com a notícia do sumiço do Airbus 330 da Air France, que saiu ontem do Rio às 19:15 rumo a Paris. Além da comoção que normalmente esse tipo de notícia me traz, fico mais impressionado porque ontem, nesse horário, estava no Galeão despachando familiares e ainda entrei amigos que também seguiriam viagem para outros destinos. Perdi meu padrinho aos 3 anos, quando o seu avião se acidentou num subúrbio do Rio vindo de Brasília às vésperas do Natal de 1959, e isso trouxe traumas à família que, por exemplo, impediram o meu pai de entrar um avião por toda a sua vida por receio de acidentes.
A gente nunca pensa que isso vai acontecer conosco ou com conhecidos, porque avião é estatisticamente o meio de transporte mais seguro, as aeronaves têm cada vez mais tecnologias redundantes e seguras, pilotos mais bem treinados, etc. Mas acontece, e aí vem a inevitável reflexão.
Passadas 12 horas do desaparecimento, as informações da TV e internet não são conclusivas. Na CNN um dado chamou a atenção, que foi o informe meteorológio mostrando a zona de convergência tropical, aquele fenômeno que está causando as grandes enchentes do nordeste. Elas estariam mais ou menos onde calculei, com base nos dados da Aeronáutica (decolagem às 19:30h e velocidade de 800km/h antes de sumir do radar de Fernando de Noronha) e da Air France (comunicação automática dos sistemas de manutenção do avião reportando falha elétrica às 23:14h), a cerca de 800 km de Noronha, 1200 de Natal e 1400 de Praia, nas ilhas de Cabo Verde, segundo medições no Google Earth. Algo em torno das coordenadas 3 graus norte e 30 graus oeste.
Se caiu na hora do informe automático, foi mais perto do litoral brasileiro que da África, em águas internacionais, a 3200 km do Rio. Confirmada a queda, será a primeira na história da aviação de um avião comercial nessa rota. Apesar do avião ter um emissor de sinais à prova de destruição, que deve estar junto a possíveis destroços, questiono por que não há programas de rastreamento, a exemplo do Latitude, que forneçam, em tempo real, a posição das aeronaves por sistema de GPS, ficando a informação na dependência de sistemas mais arcaicos, como os radares e rádios.
Até hoje permanecem também os mitos sobre uso da telefonia celular a bordo, e a internet poderia ser facilmente acessível por sistemas de satélite. Meios alternativos de comunicação podem, se não salvar, pelo menos ajudar a elucidar as tragédias, permitindo aprimoramentos. Apesar da improbabilidade, resta-nos torcer que o piloto tenha conseguido pousar o aparelho, e que existam sobreviventes entre os 228 ocupantes.
É triste mesmo saber de uma tragédia dessas...
ResponderExcluirAinda tenho esperanças de ouvir a notícia:
"encontrados sobreviventes do voo 447".
OI !! Tava passando poraqui e achei interssante o Blog. Teve um cientista que explicou dá uma possivel idéias desse tipos de acidente envolvendo aeronaves. Nas 4 observações finais dele. Os Acidente são parecidos com o do Triângulo das Bermudas.
ResponderExcluirLeitura:
http://www.scribd.com/doc/16331957/Teoria-do-Triangulo-das-Bermudas
Download:
http://www.4shared.com/file/111224052/82504f2c/Teoria_sobre_o_Tringulo_das_Bermudas.html
Falou....