Nos jornais a foto das ruínas da cidade de L'Aquila, na Itália, devastada por um terremoto e visitada pelo presidente americano, Barack Obama, e por Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano, merecia um balão de pensamento, tipo história em quadrinhos, apontado para a cabeça de cada um deles, com o texto: "A economia do meu país está igualzinha". No primeiro dia só o G8 se reuniu. Hoje e amanhã permitirão que a segunda divisão da economia mundial, o G5 (Brasil, India, China, África do Sul e México), se integre ao grupo.
A turma do G5 quer que o G8 assuma a responsabilidade pela crise mundial e suas consequencias, na forma de ajuda aos países que estão na pindaíba por conta da jogatina especulativa dos ricos. O Brasil já decretou que o G8 morreu, e defende que as soluções para a crise venham do G20, incorporando outros países do terceiro mundo. Uma espécie de "executiva ampliada da ONU". Também querem que os países do G8 reduzam drasticamente as emissões de carbono para a atmosfera e um novo padrão monetário internacional, que substituia o dólar.
Em meio a esse clima tenso, Lula distribuiu camisas autografadas da seleção para os presidentes de todos os países que o nosso time derrotou na Copa das Confederações, inclusive para Obama, que viu a seleção americana perder depois de estar à frente por 2 x 0 e agora levou gozação do presidente brasileiro. Se fosse FHC, entregaria também a seleção e o resto do país...
Como retaliação, Obama pediu a Lula para mediar junto ao Irã a crise nuclear, já que os EUA não encontram canais para diálogo com o regime dos Aiatolás. Essa missão impossível está sendo delegada a Lula porque o Brasil mantém boas relações econômicas com o Irã. O interessante é que a revista "Isto É" acusou o governo brasileiro de fazer um "acordo secreto" com o Irã que viabilizaria até a fabricação de armas nucleares, algo que se fosse realmente sério não passaria às vistas sempre atentas do serviço de inteligência de Tio Sam. Só queria ver como ficariam as mídias de direita brasileira e pró-direita israelense, que fazem campanha contra o encontro de Lula com o presidente iraniano Ahmadinejad, se "O Cara" conseguir algum avanço. E olha que o Brasil reprovou o discurso de Ahmadinejad que minimizou a existência do holocausto!
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