No filme Tropa de Elite, após a morte de um integrante do BOPE, foi desencadeada uma caçada ao traficante Baiano, chefe do morro onde o policial foi morto. Na sua busca, o filme mostrou torturas policiais numa ação de vingança, onde "cadê o Baiano" era o bordão. No fim, o bandido é capturado e pede que não o "esculachem", ou seja, sabendo da morte certa, pede para não atirarem na sua cara para não estragar o enterro.
Essas mortes do helicóptero derrubado pelo tráfico não deverão ficar sem resposta, a depender da vontade das autoridades do Rio e mesmo do Ministério da Justiça, que ofereceu a Força Nacional, helicópteros e tudo que for necessário para uma ação que mostre ao mundo que o Rio terá condições de fazer a Copa de 2014 e as Olimpiadas de 2016 com controle territorial de todas as áreas adjacentes e acessos aos locais de competição e logística.
Como disse o Secretário de Segurança, José Betrame, quem tem que prestar contas e se preocupar com a população é a polícia, já que os criminosos fazem o que querem sem nenhuma responsabilidade. Em suma, a polícia tem que agir dentro da lei e da civilidade contra quem não respeita nada disso. Então é de se supor que haverá uma grande ofensiva policial para sufocar o poder do crime, e que não terá o ritmo lento das atuais políticas de ocupação e pacificação. Hoje foi um exemplo disso: com os bandidos cercados no Morro dos Macacos, seus aliados tocaram fogo em ônibus fora da área para dividir o esforço policial.
Uma ação mais forte pode desencadear uma reação como a do PCC em São Paulo, mostrada no filme "Salve Geral" que está nos cinemas. Resta saber se o poder público pagará o preço por uma "mãe de todas as batalhas" contra o poder paralelo do crime, ou se continuará fazendo acordos para loteamento de áreas em troca de "segurança" garantida pela bandidagem. Vamos ver o que acontecerá nas próximas horas no complexo do morro de São Carlos e no morro de São João, de onde partiram os grupos que atacaram o Morro dos Macacos.
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