Tinha tudo para Morales levar um golpe das forças reacionárias: indígena, cocaleiro, vindo das regiões mais pobres, sindicalista, pouca instrução; enfrentou as maiores empresas petrolíferas do mundo e estatizou o setor, aumentando os preços e revertendo a diferença para programas de combate à fome e pela educação; enfrentou os oligarcas das provícias mais ricas e evitou a secessão; democratizou a constituição; dobrou o PIB em quatro anos e tirou a Bolívia do patamar de país mais pobre das Américas. Quem não se lembra do cerco às unidades da Petrobrás e da renegociação dura do preço do gás, que era vendido a preço de banana ao Brasil?
Para o Brasil, as perdas foram pequenas, perto da perspectiva que se abriu de um mercado consumidor num país vizinho que praticamente importa tudo o que é industrializado. É bom lembrar também a postura da nossa direita, que queria que o governo botasse as tropas na fronteira e exercesse os seus "direitos" de país imperialista. Perderam essa também. No segundo mandato que fazer a reforma do judiciário conservador de lá. Parabéns pela coragem, e que continue avançando.
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