O Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo, é pioneiro e lider em biocombustíveis, pode rapidamente reduzir suas emissões de CO2 apenas controlando o desmatamento, para o qual precisa de recursos. Já a China, os EUA, Japão e boa parte da Europa são os responsáveis pela maior parte das emissões de carbono, destruiram suas florestas nativas, e não querem saber de prejudicar seu crescimento para atender a compromissos de reduções como os que se pretendem firmar em Copenhagen.
A posição do governo brasileiro tem sido firme e coerente, primeiro, dando o exemplo de cortar de 36% a 40% as emissões até 2020, o que dá moral para exigir dos demais suas cotas de comprometimento. E quer que os países ricos aportem recursos para um fundo ambiental, da ordem de US$ 200 bilhões, para permitirem que os países pobres e em desenvolvimento, inclusive o Brasil, invistam na redução de emissões. Essa foi a posição firmemente defendida pela ministra Dilma Roussef hoje na conferência.
Já o governador de São Paulo, José Serra, declarou que o Brasil deveria contribuir para esse fundo para dar o exemplo, como querem os países ricos. A ex-ministra Marina Silva também embarcou no discurso da submissão, e chegou a sugerir que o Brasil desse US$ 1 bilhão para esse fundo, afinal, já estaria emprestando US$ 10 bi ao FMI. Dilma rechaçou a proposta, dizendo que esse bilhão seria insignificante perto do montante necessário, e que não seria justo que o Brasil, que não é grande poluidor como os demais, arque com esse esforço. Também achou escandalosa a tentativa dos países ricos considerarem os países em desenvolvimento como desenvolvidos na hora de pagar a conta.
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