O fato é que mesmo tendo a participação feminina aumentado muito, com as mulheres já representando mais de 40% do contingente de cerca de 130 mil funcionários, elas não conseguem subir os degraus da carreira por razões que nada têm a ver com a capacidade, postura, habilidades, etc. Ainda há muita luta pela frente para assegurar a igualdade de gênero nas oportunidades do mercado de trabalho.
O problema maior é a mulher ainda tem jornada dupla, no BB e em casa. Ocorre que no BB para subir na carreira é quase que imprescindível mudar de cidade e em alguns casos de estado. Os cargos de gerência também exigem muita dedicação que vão além das 8hs diárias de trabalho e isso compete diretamente com ir ao supermercado, manicure, cabelereiro, depilação, entre outros, coisas que homem não faz. Sem contar o tempo necessário para os filhos. Por isso acabam desistindo. As mulheres que encontramos hoje em cargo de gerência em sua maioria são mulheres solteiras ou separadas que escolheram o trabalho.... Hoje vários estudos relatam que o trabalho é muito mais importante para o homem do que para a mulher o que torna muito mais fácil a esposa acompanhar o marido em uma nova cidade do que o contrário.
ResponderExcluirO que acontece, normalmente, são mulheres reclamando da dupla jornada. Mas é correto socializar essa escolha? Há casais que escolhem ganhar menos e um fica em casa. Há casais que escolhem os dois trabalhar.
ResponderExcluirNo 1º casal, há a dedicação exclusiva de um para com o trabalho e do outro para com os filhos, casa, família.
O 2º, escolhe dedicação divida entre família e trabalho.
O 1º casal ganha menos, o 2º ganha mais.
Triste pensar que o 1º casal (aquele que se dedica exclusivamente ao trabalho) precise ainda, deixar de ser nomeada, por uma questão gênero, raça, religião.
As nomeações no Banco, ou em qualquer organização precisam ter como fundamento o mérito, é sem dúvida o critério mais justo.
O comentario acima é bem machista,
ResponderExcluircomo se os homens não tivessem outras funções como ir ao barbeiro, ao futebol, ao churrasquinho com os amigos, se revezar no cuidado com os filhos, ir ao supermercado, coisas que mulheres não fazem. Ou depende da estrutura do casal, quem fica com maiores funções domesticas. Mulheres acompanham os homens quando não tem oportunidades de ascenção na carreira. Se o esposo é nomeado gerente e ela não a mesma chance, fazer o que? Vai junto. A siscriminação passa por todas estas desculpas esfarrapadas ai de cima. Trabalhei no Banco e nunca me deram chance de cargos de chefia, uma vez, quando estava substituindo, quase fui agredida por um macho, que não tolerava ser chefiado por mulher. E esta é a pior das ajudas ba discriminações: a discriminação de quem ta em baixo, convalidando quem esta na chefia e resolve indicar um macho, muito mais bem aceito pela cultura masculina do poder.
Não é fácil ser mulher nem no BB nem neste país e nem em país nenhum: não é fácil ser mulher neste mundo de homens onde nós, mulheres somos maioria e nos boicotamos umas às outras. Se não fosse isso, já dominaríamos o mundo há séculos.
ResponderExcluirPor causa desse autoboicote, a gente tem de trabalhar mais que os homens, e não estou falando em atividades domésticas, mas no trabalho remunerado mesmo. Se temos um posicionamento mais firme somos mal amadas. Se damos colher de chá somos frouxas. Se damos mancada, "só podia ser mulher"; se somos promovidas é porque "demos" para alguém. Para que sejamos reconhecidas, temos de fazer 10 vezes mais coisas certas que os homens e, de preferencia, nenhuma errada. E quando mostramos competência e interesse em ascender na carreira, sempre tem um fulano do contra, para lembrar que, por sermos mulheres, certamente faltaremos mais ao trabalho ou teremos de recorrer a concessões para dar conta do recado. Além disso, não jogamos futebol (a maioria, ao menos) e isso é desfalque certo no time da agencia...
Se nós mulheres fôssemos unidas como os homens, ia ser beeeeem diferente. Que pena!