Nesses quase 60 dias que ficou fora de circulação, a vida andou, e a preocupação dos seus pares foi de criar uma aparência de normalidade no DF para evitar a intervenção federal, ameaça que ainda existe até o julgamento do pedido feito pela Procuradoria Geral da República ao STF. Os deputados distritais da base aliada que participaram do esquema do Panetone até aqui vão bem, obrigado. Arruda não foi preso pelo esquema, mas por um crime acessório, de obstrução de justiça, junto com secretários que hoje também foram liberados. Os aliados de Arruda conseguiram aprovar, junto com outros partidos, uma eleição indireta para escolher um governador interino, com mandato até o fim do período que seria do governo eleito em 2006, prevista para 17 de abril.
Se alguém acha que Arruda foi escanteado da política, rejeitado pelo DEMo e pelos seus pares, pode se enganar. Hoje ele é um arquivo vivo, e fará da sua boa memória uma arma para "lembrar" aos seus colegas de esquema que não esquentará cadeia sozinho, como chefe de organização criminosa, e todos os demais ficarão numa boa, usufruindo as benesses da dinheirama dos contratos fraudulentos. Ele voltará e influirá, desde já, na eleição do governador em 17 de abril, para não perder o controle do governo e continuar a destruir provas e influir nas eleições gerais de 2010. A volta de Arruda à cena, por outro lado, pode elevar as preocupações com um futuro governo sob seu controle político, e acelerar o processo de intervenção federal.
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