Há quase um mês jorra petróleo do fundo do Golfo do México, depois da explosão de uma plataforma da British Petroleum, que não consegue estancar a sangria. A mancha de óleo causa danos ambientais inestimáveis, e está chegando aos ecossistemas da Florida, onde há um dos maiores bancos de corais do mundo e muitas espécies ameaçadas de extinção.
Logo que começou a tragédia, o presidente Obama ficou revoltado com a inoperância da agência reguladora de petróleo deles, por agir mais como advogada dos interesses da British Petroleum que do governo americano. E ficou só nisso, sem nenhuma penalidade aplicada pelo governo. Agora se fala em multa de US$ 70 milhões, mas o óleo está lá, vazando, sem solução. Obama não apita nada. E o tempo vai passando, sem ações concretas.
Os republicanos dizem que o vazamento é o furacão Katrina de Obama. Na época do Katrina, o governo Bush foi desastado e incompetente para dar uma resposta ao problema. Outros acham que o momento é de Obama aumentar os impostos sobre a gasolina para desenvolver energias alternativas e fugir ao vício do petróleo, que paradoxalmente enriquece países inimigos da América.
Governo liberal é assim, e era esse modelo que FHC e sua turma se basearam para criar as agências reguladoras brasileiras, que ficariam acima do governo e da sociedade, autônomas. Lula já deu umas cacetadas nas agências brasileiras, mas não as controla. Mesmo com a descoberta do pré-sal, a Agência Nacional do Petróleo estava encaminhando a concessão de lotes de exploração de risco em áreas sem nenhum risco. Isso foi barrado.
Acho que até no Brasil um crime ambiental desses já teria dado cadeia, nem que fosse para soltarem depois, como é a praxe envolvendo gente de colarinho branco. Lula, que agora é midiático mundial, deveria oferecer a ajuda da Petrobrás para resolver essa lambança. Nossas plataformas afundam mas não vazam. E a Petrobrás tem experiência de sobra em águas profundas para botar um tampax naquele poço.
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