O conjunto de medidas sancionado hoje pelo presidente americano Barack Obama para controlar o sistema financeiro pode parecer pífio perto da legislação brasileira em vigor há anos, mas considerada a cultura liberal e a história de não-intervenção governamental na economia dos EUA, foi um grande avanço. Pela reforma sancionada, o estado passa a ter mais poderes de fiscalizar a ação dos grandes conglomerados financeiros.
Desde a Grande Depressão, há quase 80 anos, não se estabelecia controles aos bancos e investimentos. Na época foi aprovada a Lei Glass Steagal, que restringia a atuação dos bancos comerciais, proibindo-os de atuar como bancos de investimentos e emitirem ações, derivativos e outros papéis de alto risco. Em 1999 o lobby dos banqueiros conseguiu derrubar essa lei, passando a imperar o "laissez-faire" no sistema financeiro que contribuiu para a grande crise de 2008.
Para a direita americana, que suspeita que Obama seja um criptocomunista, essa seria a segunda grande guinada rumo ao socialismo. A primeira foi a extensão da cobertura do seguro-saúde a mais de 30 milhões de pessoas, mesmo deixando de fora muita gente, com recursos dos impostos que os liberais se recusam a pagar. Agora foi sancionada uma lei que limita o tamanho dos bancos e reduz riscos para os correntistas e investidores. A imprensa americana chama a medida de "populista". "Camarada" Obama ganhou mais uma...
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