Amanhã será inaugurada a Unidade de Polícia Pacificadora do Andaraí, que fica no conjunto de comunidades que margeiam parte do Grajaú e Andaraí. Desde junho os morros foram tomados pela polícia, desde o Borel, na Tijuca, passando pelo Morro da Cruz, Andaraí e indo até a Divinéia, fechando o arco daquela vertente montanhosa.
Aqui na banda do Grajaú onde moro, que é mais próxima do Andaraí, desde abril não se ouvem os pontuais tiroteios das 6 da tarde. Agora, nem o foguetório anunciando a chegada de drogas. Está tudo muito tranquilo. Na Tijuca tenho amigos e parentes que relatam que a tomada dos morros anteriormente dominados por facções do tráfico também reduziu os tiroteios. Na Zona Sul, idem.
A política de segurança estadual está atingindo o principal objetivo estratégico, que é recuperar para o domínio do estado as áreas dominadas acintosamente pelo tráfico. O Secretário Beltrame, da Segurança Pública, sempre disse que tráfico existe em qualquer lugar do mundo, mas como no Rio, com domínio territorial por exércitos muito bem armandos de criminosos, não existe em lugar nenhum. Somem os bandidos encapuzados com fuzil, ficam visíveis os policiais, mas o tráfico continua. Como em qualquer lugar do mundo.
Os traficantes recolheram seus armamentos para complexos como a Maré e o Alemão, e ficam tranquilos porque onde já tinham suas bocas sabem que não haverá mais tentativas de invasão por outras facções. A ilusão de pacificação também permite que a população suba o morro sem problemas, frequente bares e lugares com vistas muito bonitas, como no morro do Pavão-Pavãozinho, e compre drogas sem os riscos do tempo do confronto.
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