Se eu fosse (ainda bem que não sou) o José Serra (ou Zé, como quer a sua propaganda), botava toda a equipe de marqueting para correr do comitê bem rapidinho. O candidato já tem sérias dificuldades de falar para pobres, de andar em lugares pobres, e até de comer comidas de pobres (até tirou foto de um churrasquinho num pagode prá mostrar pros demos-tucanos como pobre come).
Aí vem os marqueteiros e tentam usar um pagode numa favela cenográfica, com pobres de mentirinha, sem povo por perto, para transformar o sisudo José Serra da elite em "Zé", o pobretão. O problema é que isso foi descoberto, e agora explicar por que a Dilma, a Marina e o Plínio gravam programas na boa em favelas, e o Serra em estúdio, é muito complicado.
Lembro bem do Alckmin falando dos restaurantes populares nos programas eleitorais de 2006. Guardei essa fala dele : "comida da boa, para o povão". Risível. Os caras não têm acesso ao andar de baixo. Usam os cabos eleitorais como interfaces na comunicação com o povo. Quando Serra abraça uma pessoa humilde, fica meio sem jeito, não sabe onde pegar, até porque as pessoas de verdade abraçam para valer. Daqui para o povo dizer que ele lava as mãos com álcool depois de cumprimentar pobres é um passo. Logo Serra vai perder de vista o pontinho vermelho à sua frente e ver cada vez maior um pontinho verde no retrovisor...
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