Há uma semana o candidato a vice na chapa de Serra, Índio da Costa, numa atividade de campanha em Porto Alegre, disse aos poucos que dão ouvidos à sua verborragia fecal, que "o vazamento de informações na receita é pior que Watergate". Eu diria que querem fazer disso um Tucanogate, mas o mundo dá muitas voltas e hoje a Globo (quem diria) botou no ar no Jornal Nacional que o militar preso em Porto Alegre, envolvido na bisbilhotagem dos dados do candidato do PT, Tarso Genro, e do senador Paulo Paim, declarou que recebeu ordens superiores para ver os dados.
Aí vem o beijo na cueca, ou seja, aquele flagrante que não tem explicação convincente. No depoimento, o sargento negou todas as acusações. Segundo o site G1/ Jornal Nacional, "Em uma carta enviada ao jornal Diário Gaúcho, ele afirma que a ordem para acessar os dados vinha de dois oficiais da Casa Militar do Palácio Piratini e também do então chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius, Ricardo Lied." Se os demo-tucanos e a Quadrilha da Mídia tivessem conseguido algo assim em relação ao PT, estariam batendo tambores pedindo a queda de governo e o escambau.
Enquanto isso, na Receita Federal, ou Vazamentobrás (em 2000, governo FHC, vazaram dados de 17 milhões de contribuintes), está rolando o disse-que-me-disse que não chega a lugar nenhum. O contador nega, diz que o outro pediu, o outro nega, e fica nisso. O governo de São Paulo, extrapolando a sua jurisdição, quer a quebra de sigilo telefônico dos dois envolvidos na fraude do documento da filha de Serra. O crime é de jurisdição da Polícia Federal, e a polícia dos tucanos está querendo meter uma colher para cavar "provas" contra Dilma e o PT. Deveriam ajudar o governo de Yeda Crusius Credius, pois lá a própria polícia está dentro do esquemão de espionagem do PT.
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