domingo, 17 de outubro de 2010

CNBB : resolução não freia nem pune crime eleitoral

Enquanto a CNBB nacional cruza os braços diante do escandaloso episódio de partidarização de bispos e padres a favor de José Serra, mandando criminosamente imprimir milhões de panfletos caluniosos à candidata e ao PT com a logomarca da instituição, a CNBB Regional Sul I emitiu nota afirmando que os bispos católicos não indicam nem vetam candidatos ou partidos, e respeitam a decisão livre e autônoma de cada eleitor". Diz também que " a "Regional Sul 1 da CNBB desaprova a instrumentalização de suas declarações e notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos" . Isso é um avanço, mas não tem poder nenhum. O crime vai continuar e ninguém será punido, se não houver uma atitude firme do clero brasileiro para sustar esse abuso.

Os bispos de outras jurisdições, como o de Guarulhos (SP), mandaram imprimir mais de 20 milhões de panfletos para distribuir nas missas, com recursos de fontes que podem ser de "obra social" ou "patrocinador" ligado a partido político ou de algum caixa-2, não são jurisdicionados pela CNBB Regional I. Quem os fará parar e respeitar a legislação republicana brasileira?

Assim como no caso da pedofilia na Igreja, que já era de conhecimento até do atual papa quando ainda era do Santo Ofício (Inquisição), vai-se empurrando o crime eleitoral com a barriga. Quando ecoar pelo mundo que o Vaticano, por omissão de seus gestores e ação dos seus prepostos, permitiu que um crime eleitoral no maior país católico manipulasse o resultado das suas eleições presidenciais, teremos mais um grande escândalo, e mais perda de credibilidade da Igreja no mundo. Significará o rompimento do preceito constitucional de independência entre estado e religião. Lula poderia usar do seu prestígio e credibilidade internacional para fazer essa denúncia ao mundo, antes que o crime em andamento atinja seus objetivos.

Um comentário:

  1. Amigos,

    gosto de ficar aqui na Internet. Mas, gosto de rua também. Lá está a vida real. Acabei de chegar de mais umas pedaladas. Daqui a pouco vou de novo, vou ao Clube Alvares Cabral no ato pró-Dilma. Nas conversas de rua ouve-se coisas que se lê por aqui. Agora a pouco, um moço que eu pensava ser eleitor do Zé Serra, me disse assim: "vou votar no Lula, vou votar 13". Toda essa fumaça verde religiosa serve exatamente para tirar nossa atenção da simplicidade desse jogo. Pergunte as pessoas: "você quer a continuidade do governo Lula? Sim, vote 13! Não, foda-se! É simples assim! Experimente!

    Abraço,

    Lucio Faller
    Vitoria-ES.

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