segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Poços de Caldas (MG) - uma agradável surpresa


Desde criança ouvia meus avós falando de Poços de Caldas, que fica no sul de Minas, na fronteira com São Paulo, a uns 160 km de Campinas. Quase todos os anos iam por lá, não apenas por causa das águas sulfurosas e radioativas de efeitos benéficos á saúde, mas porque a família se estabeleceu por lá, desde 1929. Meu avô e meu tio-avô trabalhavam com o engenheiro-arquiteto Eduardo V. Pederneiras, que fez os projetos de reforma / construção dos prédios das Termas, do Palace Hotel e do Cassino, e participaram das obras, concluídas em 1931.

Ouvia dizer que a cidade ficava numa cratera de um vulcão extinto, e aquilo era fantástico. Que tinha belas praças e parques, e as fotos antigas mostravam isso. Minha mãe também tinha vontade de conhecer o lugar e rever os primos. Há duas semanas realizamos esse desejo, e fomos a Poços.

A logística para levar uma pessoa idosa exigiu um vôo Rio - Campinas e o aluguel de um carro, para que a viagem durasse o mínimo possível. A alternativa seria ir do Rio para lá de ônibus ou carro, pela Via Dutra e Pouso Alegre (MG), gastando umas 8 a 10 horas, algo complicado para alguém com mais de 80 anos. Entre passagens aéreas, aluguel de carro por 3 dias, pedágios e combustíveis (cerca de 500 km rodados), uma despesa aproximada de R$ 900. Uma hora de vôo e duas de carro nos levaram do Rio até lá.

Reservei pela internet o Palace Hotel, que fica em frente à praça Pedro Sanches, a principal da cidade. O hotel é uma viagem no tempo. Três diárias por R$ 510, quarto para duas pessoas, com vista para a praça e para o paredão montanhoso que restou da cratera do vulcão, onde está o principal mirante, no Cristo.

A comida na cidade é boa e barata. O povo muito tranquilo. Não tem motivos para se estressar muito, porque a qualidade de vida parece ser acima da média nacional. A cidade é limpa, ordenada, e, mesmo andando muito, não vimos habitações improvisadas, nem ocupaçoes em áreas de floresta ou de risco. A segurança também é boa, com criminalidade muito baixa.

A agradável surpresa se deve a termos ido lá satisfazer uma curiosidade e ver parentes, e darmos de cara com uma cidade que excedia nossas expectativas. Isso tudo foi uma impressão preliminar, antes de fazermos os passeios, que mostrarei em outros posts, que depois foi melhorada.

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