Hoje o jornal de campanha oposicionista O Globo estava uma festa de ataques a Dilma e de "sugestões" para governar o seu governo. A manchete era "Meireles aceita ficar no BC se tiver autonomia", referindo-se a convide de Dilma para que o tucano que faz a alegria dos banqueiros fique no cargo, como se ainda tivesse condições de pedir carta branca para mandar.
Depois, a notícia sincronizada com a Folha e possivelmente com a imprensa marrom de fim de semana, sobre a ficha de Dilma escrita pela ditadura militar. A Folha conseguiu acesso à ficha, contando a versão dos que prenderam e torturaram a presidente eleita. O resto da mídia golpista vai na onda, batendo forte para conseguir alguns privilégios, em troca de trégua.
Dilma participou de uma organização que lutou contra a ditadura. Publicando-se o seu processo, pelo qual cumpriu pena de 3 anos sem direito a defesa, coloca-se a urgência da instalação da Comissão da Verdade, para que todos os torturadores e colaboradores da ditadura também tenham revelados os seus desmandos do passado, e finalmente sejam punidos.
Aí vem o festival "assassinatos políticos do PT", farsa promovida pelo Ministério Público em Santo André e agora pela justiça de Campinas, reabrindo o processo sobre a morte do prefeito Toninho. Isso tudo não é coincidência: é estratégia. O que pretendem? Obter de Dilma algumas concessões. Entre elas:
- manutenção do Banco Central sob controle dos banqueiros;
- promessa de não abrir Comissão da Verdade sobre os crimes da ditadura;
- não regulamentar as comunicações, deixando que as 10 famílias controlem a opinião pública.
Dilma não deve ceder, e nós, que derrotamos a direita nas urnas, devemos continuar denunciando suas ações e ficar vigilantes. Se Lula foi "paz e amor" para ser aceito pela elite e não ser sabotado, com Dilma não há nenhuma obrigação anterior que a faça manter gente como Meireles no governo. O DEM já foi para a cova pelo voto. Agora é hora de romper com o atraso da mídia golpista e do que restou da direita.
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