O site Wikileaks, focado na publicação de documentos vazados, tem 230 mil documentos internos da diplomacia americana entre telegramas e cartas das últimas quatro décadas, onde fica claro o preconceito dos seus informantes em relação a lideranças de muitos países. A falta de profissionalismo das relações exteriores fica demonstrada no linguajar usado. E até a Hillary Clinton, responsável pela política externa, mandou diplomatas espionarem em 33 países e a ONU.
Esse tipo de "informação" municiou a campanha militar de George W. Bush contra o Iraque, por conta de armas de destruição em massa nunca encontradas. Nem o Brasil escapou: os fofoqueiros norte-americanos disseram que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, teria dito que um diplomata do Itamaraty seria anti-americano.
O Departamento de Estado americano parece um queijo suíço, cheio de buracos por onde saem documentos confidenciais. Estado mínimo, terceirização e precarização do funcionalismo público tem dessas coisas. O mais preocupante não é nem o que o Wikileaks divulgou: ontem a imprensa disse que um vírus criado para dominar instalações nucleares, chamado Stuxnet, foi roubado por hackers.
O material roubado pode permitir o controle remoto de usinas nucleares, levando-as a vazamentos ou explosões pela manipulação dos sistemas automáticos de controle. Uma hipótese que rola pelos meios especializados é que o Stuxnet tenha sido desenvolvido para tirar de controle dos iraquianos as suas usinas nucleares. Adivinhem por quem? É por essa incompetência de guardar coisas perigosas que o mundo deve se livrar de arsenais nucleares, antes que um micreiro barato faça uma guerra no mundo real.
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