O uso das notas do ENEM para uma múltipla escolha de oportunidades de graduação em diversas universidades é um avanço democrático. Por isso mesmo deveria ter um processo transparente, à prova de críticas, para evitar as sabotagens ao sistema. Em 2009, num estranho episódio até hoje não esclarecido, provas foram roubadas numa gráfica, adiando o exame e tirando credibilidade.
Em 2010, provas com defeito foram distribuídas, provocando a quase anulação do certame, e a realização de novas provas para milhares de prejudicados. Agora, na hora da escolha via Sistema de Seleção Unificada (SISU), os interessados não conseguem acessar o sistema para fazer suas escolhas. Mais um tiro no pé, prato cheio para as críticas demolidoras contra o exame.
No ano passado, cerca de 800 mil estudantes participaram da disputa por 50 mil vagas. Neste ano, há 4 milhões de interessados em 80 mil vagas, entre elas as mais conceituadas instituições públicas. Diante da pane do sistema pelo excesso de acessos, começaram as gambiarras: tiraram as notas de corte do acesso individual, estenderam o prazo até o dia 20 a pretexto de permitir que as pessoas de áreas alagadas tenham mais chances, etc. Será que não alteraram nada no sistema de acessos de um ano para outro?
Nenhum comentário:
Postar um comentário