Obama não tem nada a dizer que nos interesse. Quando começou seu mandato, meio mundo o aplaudia nos comícios que fez em Berlin, do Cairo e em Praga. Até ganhou um prêmio Nobel da Paz por conta da sua credibilidade. Passados dois anos, faz um governo de submissão aos banqueiros, aumentou astronomicamente a dívida do governo para salvar grandes empresas e bancos, não melhorou a situação do desemprego, não acabou com as guerras nem com a vergonhosa prisão de Guantânamo, e continua apoiando ou fazendo vista grossa para tiranos no mundo árabe, além de Israel, de quem parece ser refém.
Os EUA querem petróleo fora do Oriente Médio, porque o seu já está se esgotando. Buscam desesperadamente reduzir a dependência de combustíveis fósseis, introduzindo biocombustíveis, energia solar, eólica e usinas nucleares na matriz energética. Aumentaram a prospecção de petróleo na marra, tendo como efeito o imenso vazamento de petróleo da BP no Golfo do México. Não goza de prestígio com os grandes produtores de petróleo vizinho, como o Equador e a Venezuela, mas tem boas relações com o Brasil, apesar de Lula ter desagradado opondo-se aos interesses americanos em Honduras e no Irã.
A que se deve essa visita com ares imperiais, e esse comício surreal? Aqui no Rio tem um helicóptero presidencial americano gigantesco voando sobre a cidade. Me disseram que dentro dele veio um outro helicóptero. Vão mudar toda a rotina da cidade no fim de semana para viabilizar o passeio de Obama ao Corcovado e o comício na Cinelândia. Vai ser um caos. E quem vai ser o público, que não gostará nem um pouco de ser revistado e impossibilitado de levar faixas e cartazes de protesto? Praticamente todo mundo que tenha um mínimo de noção das políticas do imperialismo.
De qualquer forma, mesmo não convidado e com acesso restrito ao povo sem bolsa nem nada, a mando do Blog do Branquinho, estarei lá, no dia 20, para ver o circo, digo, o discurso do império in Rio. É o papel da imprensa ir a qualquer cilada, mesmo as históricas. Quando a gente pensa que já viu de tudo, aparece um troço desses... Deviam fazer num shopping da Barra da Tijuca que tem até a Estátua da Liberdade.
Na semana passada ele se dirigiu aos americanos para dizer que estava tomando as providências para baixa o preço da gasolina de lá, ou seja, fortalecendo as ditaduras nos países árabes e omitindo-se na Líbia para essa onda acabar logo. O que tem ele a dizer no Rio? Que querem o pré-sal? Nem Dilma ou Lula estarão por lá. Será que quer se candidatar a alguma coisa por aqui, depois de perder a próxima eleição para a extrema-direita do Tea Party, a quem a toda hora de submete? Quer ser o King Size do Rio de Janeiro?
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