Nada no O GLOBO, entretanto, resiste a uma leitura das letras miúdas dos textos. Lá encontramos:
"Obras no Galeão e outros 4 grandes terminais serão tocadas por setor privado"
"Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, obras e construção de novos terminais em Viracopos (Campinas), Guarulhos (São Paulo) e Brasília serão tocadas pelo setor privado, e o governo federal ainda estuda o modelo de concessão para os aeroportos de Confins (Belo Horizonte) e Galeão (Rio de Janeiro)";
"Concessões terão prazo de até 25 anos";
"O governo bateu o martelo pela concessão parcial à iniciativa privada dos cinco principais aeroportos de conexão e internacionais do país"
"O governo bateu o martelo pela concessão parcial à iniciativa privada dos cinco principais aeroportos de conexão e internacionais do país"
Na semana passada, o Jornal Nacional apresentou uma série de matérias favoráveis à entrega dos aeroportos à iniciativa privada. O modelo defendido era o da privatização mesmo, de venda dos aeroportos e fim da gestão estatal sobre os mesmos. O que Dilma fez não privatizou nada: troca investimentos privados em obras de ampliação por um período determinado de concessão. De ideológico, isso não tem nada, mas a Globo tenta, a todo custo, nivelar todas as forças políticas com o lixo ideológico que defende.
O modelo de negócio, portanto, é de investimento privado com retorno através de rendas da exploração, restrito às áreas dos novos terminais. Os 67 aeroportos continuarão controlados pela Infraero, ficando a concessão privada nos novos terminais de alguns desses aeroportos. Bem diferente do modelo de concessão das estradas paulistas, onde o estado faz a obra e depois entrega de mãos beijadas às empresas privadas, que cobram taxas escorchantes. E bem diferente do que os interesses que usam a GLOBO como amplificador desejam.
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