Assim como nas loterias, os riscos de transações de natureza bancária estão sendo repassados, ao arrepio de toda a legislação do setor, seja de segurança ou trabalhista, para as farmácias. E também para os lojistas que aceitam nos seus estabelecimentos os caixas eletrônicos, que quando são explodidos levam também os arredores dos seus pontos, com grandes prejuízos.
E a solução? Aí aparece a mídia dizendo que está no maior policiamento ostensivo, na colocação de câmeras de segurança, de contratação de vigilantes, ou seja, custos para a sociedade, na forma de alocação de recursos de segurança pública para reduzir riscos de natureza bancária, ou nos gastos pelas empresas onde os serviços são feitos.
Coincidência: praticamente todos os telejornais têm patrocínios de bancos. As revistas de grande circulação também têm recheio de propaganda bancária. Com a terceirização do risco, os banqueiros conseguem reduzir seus custos com segurança e requalificam suas agências, reduzindo as áreas necessárias para filas, jogando fora o que chamam de "lixo bancário" (pessoas que não são clientes e vão lá só pagar contas, sem dar muito lucro), e apresentar fachada de escritório aos seus clientes.
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