O presente que ganhou, sem trocadilho, é de grego, não o da história de Tróia, mas o da atualidade grega: um país em vias de ter uma profunda recessão, duradoura, que engolirá o resto do seu mandato e poderá mandá-lo para os livros escolares como o coveiro da América. Hoje as bolsas despencaram em todo o mundo, e também por lá, em patamares que lembram a crise de 2008. Na Europa a crise se agravou, não apenas na falida Grécia, mas agora chega à Itália e Espanha. No Brasil, as bolsas chegaram a cair 6%, com as perdas atingindo todos os papéis. Tudo por causa do pacote de recessão americano.
Obama pensa em reeleição. Seu discurso agora é que as mudanças que se propôs a fazer levam tempo, e ele não teve como concluí-las neste mandato. Se conseguir carimbar nos republicanos o rótulo de responsáveis pela crise, irá vencer as eleições, mas terá de brinde um país em franca decadência para governar. Aparentemente, foi esse o jogo que estimulou nos recentes impasses: sair de vítima da direita irresponsável.
Com o povo do Tea Party querendo fazer do 11 de setembro e da crise de 29 coisas de amadores, em termos de destruição dos Estados Unidos, Obama vai precisar de muita saúde, paciência e força para não envelhecer em menos de um ano e meio mais que nos anos que a vida lhe reserva.
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