A Espanha vem sendo pressionada pela Comunidade Européia a cobrar o Imposto de Valor Agregado sobre os bens móveis e imóveis fornecidos à Igreja Católica. Como há um acordo de 1979 com o Vaticano sobre tais isenções de impostos, a Comunidade Européia exige que o governo espanhol denuncie o acordo. Os protestos e as pressões estão levando a Espanha, que é fortemente influenciada pela Igreja Católica, a discutir a laicidade do estado.
No Brasil, as entidades religiosas não pagam nenhum centavo de impostos sobre doações recebidas, embora paguem encargos sociais sobre folhas de funcionários. Também estão isentas, em muitas cidades, de IPTU e IPVA. Devem ter contabilidade de tudo, mas não pagam imposto de renda. Por isso, podem muito bem arrecadar entre seus fiéis os recursos para pagar os custos com a visita da sua autoridade máxima, sem onerar os não-católicos com o uso de dinheiro público na visita papal.
Pelo mesmo princípio, os não-corintianos não deveriam contribuir com a construção do estádio Itaquerão através de renúncias fiscais da prefeitura e de verbas públicas doadas, que são parte dos seus impostos pagos.
O papa virá ao Brasil como líder religioso e não como chefe de estado, portanto não há o porquê da população arcar com as despesas. Tentei localizar o valor gasto com a visita em 2007 e está difícil. Também acredito que chegou o momento de dar um basta a todos os benefícios fiscais que a igreja possui, o povo já arca com despesas demais.
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