Até agora o governo brasileiro não reconhece o governo transitório como legítimo representante da Líbia, em parte por alinhar-se com outras nações que querem o fim do conflito, a reconciliação nacional, a garantia da unidade territorial e o estabelecimento de um estado de direito com perspectivas democráticas, calendário eleitoral, etc. São medidas para impedir que uma nova guerra civil continue a dilacerar o povo líbio. Mas há outro aspecto menos nobre, que em geopolítica é razoavelmente crível: encarecer o apoio para tirar mais vantagens ao final de tudo.
A partilha inicial dos US$ 15 bi, que eram do governo de Kadafi e serão liberados após a reunião. Alguns países, como a França e a Itália, querem um naco maior, por terem sido os primeiros a reconhecer os rebeldes como governo. Sem o fim do conflito, e com várias cidades sitiadas, como Sirte, terra natal de Kadafi, e a iminência de um banho de sangue, o melhor que o Brasil faz é esperar mesmo pela resolução da ONU, para não sair por aí avalizando carnificinas apoiadas "humanitariamente" pela OTAN.
Como não existem bombardeios grátis, tem governos por aí comendo a carne de bicho vivo. Mais uma guerra imperial, travestida de "libertação", onde o que interessa é destruir a autonomia de países, arrasá-los materialmente e extrair suas riquezas e mais-valia a preços vis.
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