segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Viagem longa : primeiras conclusões.

Chegamos ontem de 50 dias de viagem ao exterior. Um balanço preliminar: 16 mil fotos, 10 países, orçamento cumprido, dois países inicialmente programados não foram visitados. Cansaço e um mal-estar que vai do adoecimento por mudanças rápidas de climas e temperaturas, jet-lag, tensão a cada instante por mudança de variáveis, etc. Adicional de cansaço por 12 horas enlatado num avião apenas na parte principal do vôo, fora as escalas para troca de aeronave.

Primeira conclusão: não se pode fazer uma viagem com essa duração com tantos objetivos. Não temos mais saúde para isso. Viagens de longa duração devem ser feitas com longas estadas em poucas cidades, sem muitas modificações de ambiente.

Segunda conclusão: vale a pena pagar um pouco mais por uma passagem que tenha a volta flexível, para que não se fique refém de uma passagem sem flexibilidade. É melhor poder mudar a data de volta, por exemplo, que perder a passagem de volta e ter que comprar uma outra a preço quase da ida-e-volta em cima da hora.

Terceira conclusão: talvez valha a pena pagar um pouco mais caro por passagens de longo curso em classe executiva, para ter qualidade no sono.

Quarta conclusão : nunca alugar carro na Itália. Há armadilhas montadas por uma indústria da multa para pegar motoristas que desconhecem as peculiaridades obscuras criadas por prefeituras e auto-estradas para sujeitar o motorista a ciladas a todo momento. Fora os estacionamentos caríssimos, onde se sabe o preço apenas depois que já estacionou.

Quinta conclusão : viagem em ritmo frenético traz para a coordenação do projeto um forte stress, que não é sensível para os demais do grupo. Decisões a todo momento, riscos a serem mitigados, exigências disciplinares, tudo isso é incompatível com o propósito maior da viagem, que é a diversão.

Sexta conclusão : todo o sacrifício vale a pena, e a gente descansa depois. Conhecer o mundo não tem preço.


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