Enquanto todo o estado de São Paulo reclama de falta de policiamento, até no Morumbi, onde mora o governador, 400 homens da PM são deslocados com armamento letal, cavalos, helicópteros e o apoio de mídia (vergonhoso) para desalojar 70 "perigosos estudantes baderneiros maconheiros mimados safados filhinhos de papai vagabundos" que ocupavam a reitoria da USP. Isso é coerente com a ideologia de Alkmin e dos tucanos : tudo pelo (combate ao movimento) social. Vejam a foto deste link. Não precisa ninguém ser especialista para ver um policial mirando uma escopeta num estudante que está de mãos para cima.
Hoje o Morumbi apresenta números que nem o Complexo do Alemão ou a Cidade de Deus mostram mais, depois da ocupação policial e militar. Segundo o Bom dia Brasil, neste ano já foram roubados 1200 veículos, assassinadas 15 pessoas, há uma avenida com assaltos a todo momento e também há ocorrência de sequestros-relâmpago. Isso numa das zonas mais ricas de São Paulo, onde as pessoas têm grana para fortificar suas casas, pagar seguranças e andar em carros blindados. Se os bacanas sofrem assim, o que se dirá na periferia, que é onde a criança chora e a mãe não vê, e a mídia não vai.
Falando em mídia, foi vergonhosa a cobertura da ocupação de ontem. Com a PM, nesse tipo de ação, as coisas são bem diferentes do que acontece no Rio, em confrontos como o que matou o cinegrafista da Band no último domingo: primeiro entra a turma do "prende e arrebenta", chutando portas, quebrando equipamentos, revirando móveis, tudo para assustar os estudantes, e eventualmente plantar evidências de outros crimes, o usual "forjado". Não sei como não encontraram uma tonelada de maconha lá dentro.
Um tempo depois, entra o cinegrafista da PM, que registra tudo revirado e quebrado, as evidências de crimes e os alunos sentados no chão com as mãos na cabeça. Tudo dominado. Aí vem a mídia aliada ao governo, que diz o que quer. A repórter mostrou uma impressora direitinha, e disse que estava destruída, e foi maximizando tudo que via pelo caminho, sempre deixando entender que os estudantes eram vândalos e em nenhum momento deixando dúvidas sobre a possibilidade da PM ter feito o estrago. Noutros telejornais a coisa foi mais cautelosa, mostrando que os estudantes não mexeram nos documentos, e que ninguém poderia saber se a destruição foi coisa deles ou da ação policial. O fato é que se tentou reduzir o repúdio à presença da PM no campus ao "direito de fumar maconha" dos alunos.
Hoje na Favela da Rocinha, no Rio, a PM colocou 50 homens do Batalhão de Choque para cercar todos os acessos e impedir a saída dos traficantes. Apenas 50, para enfrentar pessoas que não têm nada a perder, fortemente armadas, assassinos cruéis. No domingo fará a ocupação para posterior implantação da UPP. Para se ter idéia da assimetria da força policial de Alkmin contra estudantes desarmados, a maioria das UPPs no Rio não tem 400 policiais.
Parece que que Alkmin quer transformar a USP em UPP - Unidade Prisional Política. Deve achar que assim tira espaços para outros tipos de manifestação, como a Marcha da Maconha ou a greve de professores, onde a sua PM baixou a porrada sem dó recentemente. Os estudantes começam agora uma greve para denunciar os abusos da PM e pedir a sua retirada do campus.
Por que o governo de São Paulo não faz como em outras universidades, e contrata seguranças da própria universidade ou particulares para fazer o policiamento? Por que o governo que ter, a qualquer momento, olhos, ouvidos, cassetetes e armamentos para oprimir a autonomia universitária, para cercear a liberdade da juventude? Nem na ditadura militar era assim, tão ostensiva, a intenção de controlar e proibir tudo. O que virá agora será a resposta a essa situação que criaram.
Hoje o Morumbi apresenta números que nem o Complexo do Alemão ou a Cidade de Deus mostram mais, depois da ocupação policial e militar. Segundo o Bom dia Brasil, neste ano já foram roubados 1200 veículos, assassinadas 15 pessoas, há uma avenida com assaltos a todo momento e também há ocorrência de sequestros-relâmpago. Isso numa das zonas mais ricas de São Paulo, onde as pessoas têm grana para fortificar suas casas, pagar seguranças e andar em carros blindados. Se os bacanas sofrem assim, o que se dirá na periferia, que é onde a criança chora e a mãe não vê, e a mídia não vai.
Falando em mídia, foi vergonhosa a cobertura da ocupação de ontem. Com a PM, nesse tipo de ação, as coisas são bem diferentes do que acontece no Rio, em confrontos como o que matou o cinegrafista da Band no último domingo: primeiro entra a turma do "prende e arrebenta", chutando portas, quebrando equipamentos, revirando móveis, tudo para assustar os estudantes, e eventualmente plantar evidências de outros crimes, o usual "forjado". Não sei como não encontraram uma tonelada de maconha lá dentro.
Um tempo depois, entra o cinegrafista da PM, que registra tudo revirado e quebrado, as evidências de crimes e os alunos sentados no chão com as mãos na cabeça. Tudo dominado. Aí vem a mídia aliada ao governo, que diz o que quer. A repórter mostrou uma impressora direitinha, e disse que estava destruída, e foi maximizando tudo que via pelo caminho, sempre deixando entender que os estudantes eram vândalos e em nenhum momento deixando dúvidas sobre a possibilidade da PM ter feito o estrago. Noutros telejornais a coisa foi mais cautelosa, mostrando que os estudantes não mexeram nos documentos, e que ninguém poderia saber se a destruição foi coisa deles ou da ação policial. O fato é que se tentou reduzir o repúdio à presença da PM no campus ao "direito de fumar maconha" dos alunos.
Hoje na Favela da Rocinha, no Rio, a PM colocou 50 homens do Batalhão de Choque para cercar todos os acessos e impedir a saída dos traficantes. Apenas 50, para enfrentar pessoas que não têm nada a perder, fortemente armadas, assassinos cruéis. No domingo fará a ocupação para posterior implantação da UPP. Para se ter idéia da assimetria da força policial de Alkmin contra estudantes desarmados, a maioria das UPPs no Rio não tem 400 policiais.
Parece que que Alkmin quer transformar a USP em UPP - Unidade Prisional Política. Deve achar que assim tira espaços para outros tipos de manifestação, como a Marcha da Maconha ou a greve de professores, onde a sua PM baixou a porrada sem dó recentemente. Os estudantes começam agora uma greve para denunciar os abusos da PM e pedir a sua retirada do campus.
Por que o governo de São Paulo não faz como em outras universidades, e contrata seguranças da própria universidade ou particulares para fazer o policiamento? Por que o governo que ter, a qualquer momento, olhos, ouvidos, cassetetes e armamentos para oprimir a autonomia universitária, para cercear a liberdade da juventude? Nem na ditadura militar era assim, tão ostensiva, a intenção de controlar e proibir tudo. O que virá agora será a resposta a essa situação que criaram.
Ai que peninha dos marmanjos de 29 anos de idade, que querem fumar o seu baseadinho, na universidade paga com os meus impostos. Tô morrendo de pena dos velhinhos jubilados. Vergonha Branquinho. 99% dos alunos estavam em aulas seguindo a vida, se preparando para os exames. Deixa de demagogia. Lugar de maconheiro não é na Universidade. Não enquanto eu estiver pagando.
ResponderExcluirBando de safados!
E filhos de safados, que até apareceu umpai dizendo que o filho tinha sumido e tinha sido visto pela última vez "falando com um Pm".
Tava na casa da mamãe o valente revolucionário!
Mas o pai é do PT. Do diretório do PT !
Vagabundos!
Caro(a) Anônimo (a),
ResponderExcluirEm primeiro lugar, a questão da USP não é como está sendo simplificada na mídia, como um movimento de meia-dúzia de maconheiros contra todo mundo, inclusive os PMs e os que se acham beneficiados com o policiamento ostensivo. A presença da PM incomoda, por razões históricas. Se o cidadão não confia na polícia, por razões diversas, a comunidade acadêmica tem muitas outras razões para a paranóia.
Você também está mal informado sobre quem lidera o movimento. Hoje os estudantes orientados pelo PT estão inertes, porque a UNE apoia o governo e não vai fazer marola. Estão no movimento para frear as lutas, e não para fazê-las. Basta ver o posicionamento da UNE sobre o episódio para saber que não existe mais revolucionário no PT. E os que fizeram a ocupação também não são revolucionários. Ouviram o galo cantar não sabem onde. O movimento estudantil perdeu o norte. A grande questão é: se a PM quer combater o crime, que o faça no entorno da universidade, e não perturbando o ambiente estudantil.
Uma universidade não é diferente de uma grande empresa, que tem suas instalações numa grande área. A Petrobrás pede ao Exército ou à Polícia Federal para tomar conta de suas refinarias? Claro que não. Ela provê suas instalações com medidas de segurança patrimonial, ambiental, etc.
O caso da USP é o que disse: Alkmin é avesso à liberdade, e quer controlar o ambiente universitário achando que ali é o viveiro dos seus inimigos ideológicos. E alguns desses "vagabundos" podem ser as futuras liderança. Garanto como você chama Lula de vagabundo...
UPPs que se fossem autorizados pelo Governo Brizola, quando era governador do Rio, evitaria a tomada das favelas e blocos populares pelo narcotrátido. ORA, HOJE NÃO BASTA PM NA USP, É PRECISO JÁ UPPs, mais monitorar funcionários alunos que são "obrigados" a facilitar o negócio (bom negócio) nas suas dependências. "Quem tem ouvidos e olhos..."
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