domingo, 27 de novembro de 2011

Hipocrisia : Matar e pedir desculpas

A indução midiática imperialista cria situações paradoxais de difícil degustação. No Egito, onde a junta militar tem o aval dos Estados Unidos e pretende ficar no poder com o seu apoio, cerca de 40 manifestantes contrários ao regime foram mortos em brutal repressão. Para não criar semelhanças com a repressão na Síria, onde os rebeldes têm apoio americano, a junta dos gorilas veio a público "pedir desculpas aos mortos" por tê-los matado.

No Iêmen o caso é idêntico. Uma farsa patrocinada pelos EUA e pela Arábia Saudita, fartamente noticiada, "mostrou" o ditador local "entregando o cargo" ao seu vice como "solução" para a crise política, mais uma dessas manobras para mudar a cara e manter os mesmos no poder. O povo não engoliu, foi às ruas e a toda hora vários são mortos pela repressão. Para manter as aparências, o governo do Iêmen ainda não pediu "desculpas" aos que matou.

Forças da OTAN matam soldados paquistaneses em solo paquistanês, e o seu comando pede "desculpas" pelas mortes. Foi apenas um "lamentável incidente". E se na Síria o ditador Bashar al Kacet pedir desculpas pelos massacres, também vai para o paraíso?

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