sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

DF : Armação sem limite

O PM João Dias, envolvido em denúncias de enriquecimento através de ONG que captaria recursos do Ministério do Esporte, invadiu anteontem o palácio do governo do Distrito Federal, entrou na sala do Secretário de Estado, deputado Paulo Tadeu (PT), agrediu seguranças (um deles quebrou um dedo), jogou uma secretária violentamente para fora da sala, como mostram imagens do circuito de TV, e foi preso pela segurança.

Nada disso foi levado em conta pela cobertura televisiva, mesmo mostrando as imagens fortes da mulher sendo arremessada no corredor pelo agressor, que saiu dizendo que foi deixar uma bolsa com R$ 200 mil que o irmão de Paulo Tadeu teria dado a ele no domingo, num hotel em Brasília, para ficar calado sobre escândalos no DF.

Para completar a armação, logo que foi preso a polícia verificou que havia R$ 159 mil na bolsa, motivo para o delinquente dizer "tinha 200 mil, eles vão ter que explicar como sumiu". Isso foi ontem. Hoje, ele foi solto e uma deputada distrital da oposição  já tinha tudo pronto para criar um escarcéu, mas não teve sucesso porque ninguém foi à Câmara dar platéia a ela para essa "denúncia grave".

Paulo Tadeu pediu investigação sobre a origem do dinheiro e mostrou documentos provando que seu irmão estaria, na data e hora indicadas por João Dias, assistindo Flamengo x Vasco no Rio de Janeiro. Vamos ver o que sai no esgoto das revistas semanais do fim de semana. O mais impressionante é que João Dias, que mostrou ser perigoso no ato de agressão, continua livre e solto por aí. Como PM, ao agredir outro PM, não teria direito a fiança.

A última dele é que ajudou a pagar as dívidas da campanha de Lula em 2006. Isso deve ser o assunto daquela revista famosa por acusar sem provas, no fim de semana. O fedor vai continuar, com o apoio sempre solícito da cloaca midiática. O esquema que o coloca em destaque é poderoso.


Nenhum comentário:

Postar um comentário