No tom de hipocrisia que as relações internacionais ganharam nos últimos anos, chega a ser patético a representante dos direitos humanos da ONU pedir "proteção" para o povo sírio na guerra civil que finalmente o ocidente começa a enxergar. O pau come por lá desde o início do ano entre grupos armados e o governo, mas o ocidente escondeu a primeira parte para caracterizar o massacre de civis e armar o circo da intervenção das potências estrangeiras.
O ridículo é reforçado pela Liga Árabe, que reúne ditaduras que não respeitam direitos humanos há décadas, dando ultimato à Síria para parar as ações militares.
Parece que no tabuleiro geopolítico alguém está se esquecendo que Israel é vizinho da Síria. O atual regime sírio patrocina o Hezbolahh, grupo islâmico do Líbano anti-Israel, mas não tem uma política de confronto direto. Suponhamos que aconteça na Síria uma das três formas de queda de governo vistas na "Primavera árabe" até aqui: a Tunisiana, rápida, com eleições que deram maioria a partidos islâmicos; a Egípcia, similar à do Iêmen, que derrubou o governo mas ficou no poder o grupo anterior, mas as eleições egípcias mostram esmagadora vantagem dos partidos islâmicos; a Líbia, com intervenção direta de grandes potências em apoio a um dos lados da guerra civil, cujo futuro ninguém se arrisca a dar palpite.
O padrão de todos esses movimentos é o crescimento de correntes islâmicas, que têm segmentos radicalmente anti-Israel. Daí a supor que Israel poderá se ver cercada pelo Líbano (Hezbollah, que deu uma trava no exército israelense em 2006), Síria e Egito com regimes hostis não é um cenário muito distante. Talvez tendo mais noção do perigo, os Estados Unidos estejam perdendo a cabeça com o governo direitista de Israel, que contra tudo e contra todos patrocina a construção de novas terras roubadas dos palestinos e faz de conta que tudo continua igual nas suas fronteiras. "Sentem-se na maldita mesa de negociações", foi o recado dado ontem pelo Secretário de Defesa norte-americano a Israel. Uma solução para a região passa, forçosamente, com Israel sair do seu isolamento e passar a aceitar o convívio pacífico com os vizinhos, respeitando o povo palestino.
O ridículo é reforçado pela Liga Árabe, que reúne ditaduras que não respeitam direitos humanos há décadas, dando ultimato à Síria para parar as ações militares.
Parece que no tabuleiro geopolítico alguém está se esquecendo que Israel é vizinho da Síria. O atual regime sírio patrocina o Hezbolahh, grupo islâmico do Líbano anti-Israel, mas não tem uma política de confronto direto. Suponhamos que aconteça na Síria uma das três formas de queda de governo vistas na "Primavera árabe" até aqui: a Tunisiana, rápida, com eleições que deram maioria a partidos islâmicos; a Egípcia, similar à do Iêmen, que derrubou o governo mas ficou no poder o grupo anterior, mas as eleições egípcias mostram esmagadora vantagem dos partidos islâmicos; a Líbia, com intervenção direta de grandes potências em apoio a um dos lados da guerra civil, cujo futuro ninguém se arrisca a dar palpite.
O padrão de todos esses movimentos é o crescimento de correntes islâmicas, que têm segmentos radicalmente anti-Israel. Daí a supor que Israel poderá se ver cercada pelo Líbano (Hezbollah, que deu uma trava no exército israelense em 2006), Síria e Egito com regimes hostis não é um cenário muito distante. Talvez tendo mais noção do perigo, os Estados Unidos estejam perdendo a cabeça com o governo direitista de Israel, que contra tudo e contra todos patrocina a construção de novas terras roubadas dos palestinos e faz de conta que tudo continua igual nas suas fronteiras. "Sentem-se na maldita mesa de negociações", foi o recado dado ontem pelo Secretário de Defesa norte-americano a Israel. Uma solução para a região passa, forçosamente, com Israel sair do seu isolamento e passar a aceitar o convívio pacífico com os vizinhos, respeitando o povo palestino.
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