segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Alemanha domina a Europa pelo capital ?

Fonte : Desconhecida (recebido por e-mail)
A tal parceria Sarkozy / Merkel na tabulação de planos de resgate da Europa era assimétrica. Juntos os PIBs de França e Alemanha são 70% do europeu. Só que a Alemanha vem registrando taxas de emprego recorde e solidez do seu sistema bancário, vendendo de tudo para os outros europeus, enquanto a França, mesmo fazendo o trabalho de casa neoliberal, finalmente se descolou da locomotiva, com o rebaixamento do seu grau de risco pelas agências de "rating", papa-defuntos a serviço dos banqueiros.

A Alemanha agora está só. Exigindo comprometimento de todos os demais países da zona do Euro para honrar seus compromissos e manter a Alemanha no topo da cadeia alimentar do capital europeu. Tudo com base no mais rasteiro neoliberalismo, nas receitas do FMI. Nada de keynesianismo. Segundo o jornalista Flávio Aguiar, da revista Carta Maior, um relatório preparado por analistas do Deutsche Bank para o governo alemão no ano passado afirma que os mercados não aceitarão o emprego de políticas fiscais expansionistas do tipo keynesiano para impulsionar a demanda em países com crescimento baixo.

Cortes orçamentários, desmonte de conquistas sociais, esse é o caminho para a Grécia, Espanha, Portugal e outros países que caíram em desgraça perante a sanha da banca internacional e que não terão alternativa para pagar aos rentistas (sair da crise é outra coisa) senão sacrificar seus povos. O governo alemão não aceita bancar o fardo da crise, colocando a culpa nas "gastanças" alheias e evitando emprestar mais dinheiro enquanto suas condições de rendição ao capital bancário não forem aceitas.

A Alemanha agora manda sozinha na economia da Europa, e logo haverá eleições na França que elegerão a oposição, passando a negar apoio incondicional aos planos de Merkel. Isolada, logo a Alemanha se verá na situação de maior sócia porém minoritária na zona do Euro, podendo enfrentar rebeliões como a que já se aproxima  na Hungria, onde o assédio da Comunidade Européia exigindo desvalorização da moeda e mais regalias ao capital está sendo contestado até pela extrema-direita (partido Jobbik), que foi às ruas queimar bandeiras da CE e exigir a saída do país do bloco europeu. Em algum ponto essa corda vai arrebentar.



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