sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

FANOAPÁ 0005 - Falta de noção atenua imagem de Hitler e do nazismo

A Falta de Noção que Assola o País parece desconsiderar crimes do nazismo e seu principal ícone, Adolf Hitler. Proliferam na internet vídeos de humor adaptados sempre das mesmas cenas do filme "A Queda", representando uma reunião de crise no bunker de Hitler em Berlim nos momentos finais da guerra, quando as esperanças de vitória estão perdidas. Esses filminhos são legendados com temas que vão da música "Ai se eu te pego" a brincadeiras com times de futebol, etc, inocentemente fazendo humor atenuando a imagem de uma das figuras mais execráveis da história.

Para os sem-noção de plantão, cabe relembrar que o regime genocida de Hitler, que nada tem de engraçado. Além da imensa destruição e pilhagem que executou sobre a Europa e África, matou milhões de pessoas industrialmente, em campos de concentração, extraindo fortunas em ouro com obturações tiradas de cadáveres além de usar cabelos para colchões, ossos, etc. Segue a extensão do holocausto, que apesar de associado ao extermínio de judeus, matou muito mais gente "indesejável" para os nazistas, segundo a Wikipedia:

"A partir do século XIX a palavra holocausto passou a designar grandes catástrofes e massacres, até que após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto (com inicial maiúscula) foi utilizado especificamente para se referir ao extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo então regime nazista fundado por Adolf Hitler. Havia judeus, militantes comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes motores, deficientes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu, além de activistas políticos, Testemunhas de Jeová, alguns sacerdotes católicos, alguns membros mórmons e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum.

Mais tarde, no correr do julgamento dos responsáveis por esse extermínio, o termo foi sendo aos poucos adotado somente para se referir ao massacre dos judeus durante o regime nazista.

Todos esses grupos pereceram lado a lado nos campos de concentração e de extermínio, de acordo com textos, fotografias e testemunhos de sobreviventes, além de uma extensa documentação deixada pelos próprios nazistas com o saldo de registros estatísticos de vários países sob ocupação. Hoje, já se sabe aproximadamente o número de mortes. Morreram 17 milhões de soviéticos (sendo 9,5 milhões de civis); 6 milhões de judeus; 5,5 milhões de alemães (3 milhões de civis); 4 milhões de poloneses (3 milhões de civis); 2 milhões de chineses; 1,6 milhão de iugoslavos; 1,5 milhão de japoneses; 535 000 franceses (330 000 civis); 450 000 italianos (150 000 civis); 396 000 ingleses e 292 000 soldados norte-americanos."

A falta de noção chegou às terras afegãs. Fuzileiros navais norte-americanos tiraram foto ao lado da bandeira da SS , organização paramilitar do Partido Nazista, usando-a como símbolo para abreviar "sniper scouts" (franco-atiradores). As SS eram compostas por pessoas racialmente selecionadas e fiéis ao regime. Nos EUA, como aqui, falta um bom ensino de História para que não se atenue com humor o responsável por tamanhas atrocidades.



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