Nestes dias de greves policiais há declarações políticas a favor do direito de reivindicação (discursos do gov. da Bahia, Jacques Wagner e da presidente Dilma Roussef) e contra a greve armada, que ocupa uma Assembléia Legislativa e organiza bloqueios em estradas, articulada em outros estados, com risco de tomar todo o país como refém em pleno carnaval.
Há evidentes distorções nos salários dos policiais. Enquanto no DF passam de R$ 3.000 e na Bahia são superiores a R$ 2.000, no Rio com toda a complexidade da segurança mal passam de R$ 1.000. A PEC 300 veio para tentar unificar os salários pelos mais altos, e está emperrada no congresso há anos. O principal obstáculo está nos governadores, que alegam não ter condições orçamentárias para assumir tais custos.
O que diferencia o poder de fogo de um servidor público PM de um professor, que após mais de 3 anos ainda luta pela aplicação do Lei do Piso Salarial Nacional de pouco mais de R$ 1.000? Armas e relações com criminosos que podem ser proveitosas em caso de confronto com o poder. Em Fortaleza a greve levou às ruas um clima de "liberou geral" para os criminosos. Em Salvador, armas e viaturas foram usados pelos grevistas para intimidação, além da ocupação da sede de um dos poderes democraticamente eleitos. Se chegar ao Rio e tornar vulneráveis as UPPs, as consequências serão imprevisíveis.
Se Jacques Wagner quer dar uma de bom baiano e leva a greve na tranquilidade, o mesmo não se pode esperar da presidente Dilma, que não quer dar uma de Jango e ficar vendo um motim armado a nível nacional crescendo sem fazer nada. Já disse que não anistiará ninguém, que de movimento grevista agora há algo maior, articulado nacionalmente, afrontando a democracia, e quer o fim do movimento. Até a Globo está preocupada com um movimento que não consegue controlar. Teve que dizer no Jornal Nacional que o líder dos grevistas preso em Salvador é do PSDB, como quem apela ao partido para segurar a onda do cara.
A greve continua em Salvador. Pode começar no Rio a qualquer hora, mas há lideranças querendo trocar o movimento pela aceleração da PEC 300 no congresso. E se não for aprovada? O que farão os policiais? E se for aprovada, como ficam os militares, que também ganham pouco? E se forem feitas concessões com a sociedade como refém, a cada evento (Rio + 20, Copa, Olimpíadas) teremos um novo episódio desse confronto, até atingir o piso pleiteado? Enquanto isso, os professores, que são os únicos que podem trabalhar para que as futuras gerações não precisem de polícia, vão ralando para ganhar uma ninharia que nem a lei garante.
Há evidentes distorções nos salários dos policiais. Enquanto no DF passam de R$ 3.000 e na Bahia são superiores a R$ 2.000, no Rio com toda a complexidade da segurança mal passam de R$ 1.000. A PEC 300 veio para tentar unificar os salários pelos mais altos, e está emperrada no congresso há anos. O principal obstáculo está nos governadores, que alegam não ter condições orçamentárias para assumir tais custos.
O que diferencia o poder de fogo de um servidor público PM de um professor, que após mais de 3 anos ainda luta pela aplicação do Lei do Piso Salarial Nacional de pouco mais de R$ 1.000? Armas e relações com criminosos que podem ser proveitosas em caso de confronto com o poder. Em Fortaleza a greve levou às ruas um clima de "liberou geral" para os criminosos. Em Salvador, armas e viaturas foram usados pelos grevistas para intimidação, além da ocupação da sede de um dos poderes democraticamente eleitos. Se chegar ao Rio e tornar vulneráveis as UPPs, as consequências serão imprevisíveis.
Se Jacques Wagner quer dar uma de bom baiano e leva a greve na tranquilidade, o mesmo não se pode esperar da presidente Dilma, que não quer dar uma de Jango e ficar vendo um motim armado a nível nacional crescendo sem fazer nada. Já disse que não anistiará ninguém, que de movimento grevista agora há algo maior, articulado nacionalmente, afrontando a democracia, e quer o fim do movimento. Até a Globo está preocupada com um movimento que não consegue controlar. Teve que dizer no Jornal Nacional que o líder dos grevistas preso em Salvador é do PSDB, como quem apela ao partido para segurar a onda do cara.
A greve continua em Salvador. Pode começar no Rio a qualquer hora, mas há lideranças querendo trocar o movimento pela aceleração da PEC 300 no congresso. E se não for aprovada? O que farão os policiais? E se for aprovada, como ficam os militares, que também ganham pouco? E se forem feitas concessões com a sociedade como refém, a cada evento (Rio + 20, Copa, Olimpíadas) teremos um novo episódio desse confronto, até atingir o piso pleiteado? Enquanto isso, os professores, que são os únicos que podem trabalhar para que as futuras gerações não precisem de polícia, vão ralando para ganhar uma ninharia que nem a lei garante.
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