Toda a artilharia dos banqueiros & especuladores é usada quando se fala em baixar a SELIC, que remunera principalmente títulos públicos. É aquele deus-nos-acuda inflado por "analistas" e economistas do esquema midiático patrocinado pelos bancos, repetindo até virar verdade que se os juros baixarem, virá a inflação e tudo virará o caos. O governo Dilma embarcou nessa balela no ano passado, e teve que amargar um desaquecimento da economia que prejudicou o crescimento no ano passado, com o PIB crescendo meros 2,7%. Não é pouco, mas poderia ser mais.
O paradoxal é que os mesmos que prevêem o apocalipse na queda da SELIC são os que aumentaram os juros aos clientes nos últimos meses, mesmo com a tendência de baixa, já espelhada nos mercados futuros, que trabalham com a taxa básica na faixa de 8,6% em janeiro de 2013. Os brasileiros pagam os maiores juros do mundo aos banqueiros. O governo paga os juros mais altos do mundo aos banqueiros. E depois botam a culpa em "custo Brasil" e na carga tributária. Juros altos aumentam a inadimplência, aí os banqueiros aumentam mais os juros para se defenderem da inadimplência que criam!
Hoje o ministro Mantega receberá os presidente do BB e da CEF. Sintomático isso, num momento onde se busca a recuperação da indústria e o combate ao tsunami cambial. Depois Mantega se encontrará com a presidente Dilma. Aí vem coisa. Considerando-se que o governo tem um amplo arsenal para fazer o Real se desvalorizar, e com isso alavancar exportações e dificultar importações, selecionando os capitais externos que quiserem investir, alguma ação dos bancos públicos deverá ser exigida.
Nesse cenário de encarecimento de importações, o estímulo á fabricação local poderá ser feito tanto por facilidades ao capital estrangeiro produtivo como por linhas de crédito de juros menores. Aí entram o BB e a CEF. Hoje o BB tem o menor juro no crédito pessoal. A CEF tem o menor no cartão de crédito. Juntos, dominam boas fatias do mercado e têm redes extensas. Creio que novamente serão chamados ao dever, ou seja, a quebrar o cartel dos bancos e fornecer crédito mais barato para aquecer o consumo.
Baixar SELIC não provoca inflação, mas reduz ganhos de capitais improdutivos, que terão que buscar outras fontes de rendimentos. Investimentos em infra-estrutura, financiamento de empresas via mercado de ações, substituição de importações são algumas alternativas. Ou ir embora buscando outros pescoços para sugar. Baixar os juros aos clientes via bancos públicos poderá estimular o sistema a concorrer, pois da última vez que o BB fez isso tomou uma dianteira no mercado. O aumento de consumo, que pode aumentar a inflação, também pode ser o estímulo para que as indústrias brasileiras de baixa competitividade externa produzam para o mercado local, ajudadas pela desvalorização do Real.
O paradoxal é que os mesmos que prevêem o apocalipse na queda da SELIC são os que aumentaram os juros aos clientes nos últimos meses, mesmo com a tendência de baixa, já espelhada nos mercados futuros, que trabalham com a taxa básica na faixa de 8,6% em janeiro de 2013. Os brasileiros pagam os maiores juros do mundo aos banqueiros. O governo paga os juros mais altos do mundo aos banqueiros. E depois botam a culpa em "custo Brasil" e na carga tributária. Juros altos aumentam a inadimplência, aí os banqueiros aumentam mais os juros para se defenderem da inadimplência que criam!
Hoje o ministro Mantega receberá os presidente do BB e da CEF. Sintomático isso, num momento onde se busca a recuperação da indústria e o combate ao tsunami cambial. Depois Mantega se encontrará com a presidente Dilma. Aí vem coisa. Considerando-se que o governo tem um amplo arsenal para fazer o Real se desvalorizar, e com isso alavancar exportações e dificultar importações, selecionando os capitais externos que quiserem investir, alguma ação dos bancos públicos deverá ser exigida.
Nesse cenário de encarecimento de importações, o estímulo á fabricação local poderá ser feito tanto por facilidades ao capital estrangeiro produtivo como por linhas de crédito de juros menores. Aí entram o BB e a CEF. Hoje o BB tem o menor juro no crédito pessoal. A CEF tem o menor no cartão de crédito. Juntos, dominam boas fatias do mercado e têm redes extensas. Creio que novamente serão chamados ao dever, ou seja, a quebrar o cartel dos bancos e fornecer crédito mais barato para aquecer o consumo.
Baixar SELIC não provoca inflação, mas reduz ganhos de capitais improdutivos, que terão que buscar outras fontes de rendimentos. Investimentos em infra-estrutura, financiamento de empresas via mercado de ações, substituição de importações são algumas alternativas. Ou ir embora buscando outros pescoços para sugar. Baixar os juros aos clientes via bancos públicos poderá estimular o sistema a concorrer, pois da última vez que o BB fez isso tomou uma dianteira no mercado. O aumento de consumo, que pode aumentar a inflação, também pode ser o estímulo para que as indústrias brasileiras de baixa competitividade externa produzam para o mercado local, ajudadas pela desvalorização do Real.
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