segunda-feira, 2 de abril de 2012

Malvinas : O dia em que a guerra chegou ao Rio

A guerra das Malvinas já se arrastava há algum tempo. O Brasil vinha se mantendo neutro, apoiando a reivindicação histórica da Argentina sobre as ilhas, porém sem declarar apoio à aventura militar. A ditadura brasileira, que tinha Figueiredo no cargo de presidente, não tinha boas relações com os militares argentinos. Eis que num belo dia a cidade do Rio de Janeiro é assustada com um barulho de explosão, uma espécie de trovão muito forte, e as pessoas ficaram se questionando sobre aquilo. Eu estava numa obra e achei que era alguma coisa caindo por lá.

A  explicação veio  nos telejornais: aviões bombardeiros ingleses tipo Vulcan, que iam para missão nas Malvinas, tiveram problema de abastecimento no ar. Entraram no espaço aéreo brasileiro, e foram detetados pelos radares, e não se identificaram. No mesmo dia a Companhia de Gás chegou a publicar uma nota dizendo que uma explosão acontecida num bueiro não foi a causadora do tal estrondo.

Um dos aviões partiu rumo ao Rio, o que fez decolar jatos supersônicos F-5 da Base Aérea de Santa Cruz, que romperam a barreira do som muito perto da cidade, causando a onda de choque que virou estrondo. O avião inglês foi interceptado e escoltado até o Galeão, onde foi apreendido.


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