Imaginem a dificuldade para fazer um documento consensual para 196 países, que têm seus interesses, suas diferenças culturais e focos diferenciados na questão ambiental. Como a mediação foi feita pelo Brasil, a quem interessava ressaltar a inclusão social e erradicação da pobreza como parâmetros de sustentabilidade e conseguiu isso, e o documento desagradou a quem não estava lá negociando, a mídia passou a explorar o filão de atacar a diplomacia brasileira, fazendo coro com insatisfeitos de governos, ONGS, jornais estrangeiros, etc. Se o documento é fraco, a culpa é de quem não transigiu, negando-se a participar do esforço global em defesa do planeta. Tem gente criticando a falta de ambição, mas não se compromete a botar dinheiro para cumprir metas e prazos mais incisivos. O texto ruim é o que sairá da reunião, que já frustra por conta do que foi possível para salvar o encontro.
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