A equipe do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, nos Estados Unidos, comemorou como um gol o pouso bem-sucedido do veículo Curiosity no solo marciano. Não é à toa: fizeram história! A complexa operação de transporte do robô no planeta vizinho abre novas perspectivas para o conhecimento científico. Um marco que será lembrado no futuro, independentemente do que vier a ser descoberto. Se forem encontradas formas de vida e água será mais uma retumbante vitória.
Estágios do pouso em Marte . Fonte: NASA |
A operação custou US$ 2,5 bi. O veículo pesa uma tonelada, e tem o tamanho de um carro. Pesquisará, entre outras coisas, a existência de formas de vida em Marte. Será movido a energia nuclear e terá vida útil de cerca de 2 anos, sendo previsto que percorra 12 milhas numa área onde possivelmente deve ser encontrada água, na Cratera Gale. Além de muitas câmeras, é dotado de equipamentos para coleta de dados climáticos, geológicos e biológicos, entre outros.
Considerando-se que a comunicação com Marte leva 7 minutos, tempo que as ondas de rádio levam para viajar à velocidade da luz entre os planetas, a dependência dos mecanismos e programas embarcados para o controle das ações é quase total. É o que chamam de "sete minutos de terror". No pouso, por exemplo, só foram saber se havia dado certo com a transmissão das primeiras imagens pelo veículo.
Veículo robô Curiosity. Fonte : NASA |
O veículo foi lançado a partir da Terra num foguete Atlas, embutido em um módulo que viajou pelo espaço até chegar próximo à ´órbita de Marte. Uma parte desse módulo se desprendeu para entrar na atmosfera, e mais uma vez liberou-se um estágio que reduziu a velocidade de queda com propulsores até chegar próximo ao solo, onde o veículo foi baixado até o chão por cabos, e depois esse transporte voltou à órbita. Imaginem fazer tudo isso sem controle em tempo real a partir da Terra, só com os equipamentos de bordo? A ficha técnica da operação está em http://www.jpl.nasa.gov/news/press_kits/MSLLanding.pdf
O sucesso da operação reforça a NASA perante os cortes de gastos do governo americano, que já forçaram a dispensa de 20 mil profissionais e engessou diversas missões previstas para esta década. Hoje não há mais recursos sequer para enviar cientistas ou materiais para a estação espacial ISL sem depender de naves russas lançadas a partir do Cazaquistão.
PS: Enquanto os EUA mandam robozinho, a Rússia quer mandar gente mesmo:
http://g1.globo.com/ciencia-e- saude/noticia/2011/11/big- brother-marte-termina-nesta- sexta-apos-mais-de-500-dias. html
PS: Enquanto os EUA mandam robozinho, a Rússia quer mandar gente mesmo:
http://g1.globo.com/ciencia-e-
Digamos que seria uma caravela dos tempos modernos!
ResponderExcluirPedro