A pesquisa do Ibope publicada hoje traz o atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB), com 49% das intenções de voto, contra 8% de Marcelo Freixo, do PSOL, e 6% de Rodrigo Maia, do DEM. A partir do que foi dito no debate da quinta-feira na Band alguns cenários começam a ser previstos.
Um deles é o discurso de realizações de Paes. A cidade virou um canteiro de obras, mas algumas trazem mais transtornos que melhorias até aqui. Outras despertam a crítica feroz da falta de prioridades, como as do Porto Maravilha. Se Paes conseguir mostrar que a sua continuidade no governo será fundamental para a realização das reformas para a Copa e Olimpíada com legado para a cidade, será eleito com folgada margem. Para isso ele tem papo de vendedor de geladeira no polo norte. De algoz de Lula no Mensalão, quando era do PSDB, a puxa-saco eufórico depois que chegaram gordas verbas para investimento federal no estado e na cidade, dá para sentir sua fluidez oportunista.
A seu favor estão algumas realizações como o BRT de Campo Grande à Barra e a operação Asfalto Liso, uma bem-sucedida campanha de marqueting onde antes se criou a expectativa com a distribuição de adesivos "Asfalto Liso, nós exigimos", e depois, o atendimento já previsto. Teve o choque de ordem, que por um tempo conseguiu atrair o apoio de pessoas que não aguentavam mais o estado de bandalha reinante nas posturas municipais. Também terá a favor uma campanha milionária, com as doações de empreiteiras que estão ganhando muito dinheiro com obras públicas.
O que tem mais contra Paes é a precária situação da educação, da saúde, dos transportes que, mesmo de esfera estadual, são compreendidos pelo público como de alçada do prefeito, etc. Governou como tucano que sempre foi, desprezando servidores públicos, priorizando os interesses de empreiteiras e grandes grupos econômicos, etc. Esse é o ponto que deverá politizar o debate, e só quem tem condições políticas para fazer isso é o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, que corre em raia própria desde que o PT caiu na vala comum da base aliada de Paes e resolveu apoiá-lo já no primeiro turno.
Freixo também será beneficiário do vácuo oposicionista na militância de classe média, que foi reforçado com o desastroso apoio de Gabeira a José Serra nas eleições presidenciais passadas. Mesmo que perca, o PSOL emergirá destas eleições como a alternativa mais confiável, mesmo sem ir muito à esquerda no discurso. Terá o apoio de parte dos petistas que não concordam com a coligação do PT com o PMDB.
Como a tendência é de todos os candidatos (DEM, PSDB, PSOL, PV, PSTU, etc) atacarem as visíveis e muitas falhas da gestão de Paes. O eleitorado carioca é oposicionista de natureza anárquica, tipo "hay gobierno, soy contra". Uma realização que beneficie à classe média não terá o peso de uma crítica ao seu governo. Esse tipo de comportamento elegeu péssimos prefeitos, como César Maia, de direita, em contraposição a outros governos.
Os milhões da propaganda de Paes e todo o esforço de clientelismo feito pelos administradores regionais, em campanha desde sempre e agora candidatos a vereador, será balanceado com essa negação que está no modo de ser carioca, de criticar muito e nada fazer a favor. Nessa hora o discurso direitista contra a aliança da prefeitura com o governo federal, e o esquerdista contra o modo tucano de governar de Paes poderá levar ao segundo turno com Freixo, o candidato que tem mais condições para crescer na campanha.
Um deles é o discurso de realizações de Paes. A cidade virou um canteiro de obras, mas algumas trazem mais transtornos que melhorias até aqui. Outras despertam a crítica feroz da falta de prioridades, como as do Porto Maravilha. Se Paes conseguir mostrar que a sua continuidade no governo será fundamental para a realização das reformas para a Copa e Olimpíada com legado para a cidade, será eleito com folgada margem. Para isso ele tem papo de vendedor de geladeira no polo norte. De algoz de Lula no Mensalão, quando era do PSDB, a puxa-saco eufórico depois que chegaram gordas verbas para investimento federal no estado e na cidade, dá para sentir sua fluidez oportunista.
A seu favor estão algumas realizações como o BRT de Campo Grande à Barra e a operação Asfalto Liso, uma bem-sucedida campanha de marqueting onde antes se criou a expectativa com a distribuição de adesivos "Asfalto Liso, nós exigimos", e depois, o atendimento já previsto. Teve o choque de ordem, que por um tempo conseguiu atrair o apoio de pessoas que não aguentavam mais o estado de bandalha reinante nas posturas municipais. Também terá a favor uma campanha milionária, com as doações de empreiteiras que estão ganhando muito dinheiro com obras públicas.
O que tem mais contra Paes é a precária situação da educação, da saúde, dos transportes que, mesmo de esfera estadual, são compreendidos pelo público como de alçada do prefeito, etc. Governou como tucano que sempre foi, desprezando servidores públicos, priorizando os interesses de empreiteiras e grandes grupos econômicos, etc. Esse é o ponto que deverá politizar o debate, e só quem tem condições políticas para fazer isso é o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, que corre em raia própria desde que o PT caiu na vala comum da base aliada de Paes e resolveu apoiá-lo já no primeiro turno.
Freixo também será beneficiário do vácuo oposicionista na militância de classe média, que foi reforçado com o desastroso apoio de Gabeira a José Serra nas eleições presidenciais passadas. Mesmo que perca, o PSOL emergirá destas eleições como a alternativa mais confiável, mesmo sem ir muito à esquerda no discurso. Terá o apoio de parte dos petistas que não concordam com a coligação do PT com o PMDB.
Como a tendência é de todos os candidatos (DEM, PSDB, PSOL, PV, PSTU, etc) atacarem as visíveis e muitas falhas da gestão de Paes. O eleitorado carioca é oposicionista de natureza anárquica, tipo "hay gobierno, soy contra". Uma realização que beneficie à classe média não terá o peso de uma crítica ao seu governo. Esse tipo de comportamento elegeu péssimos prefeitos, como César Maia, de direita, em contraposição a outros governos.
Os milhões da propaganda de Paes e todo o esforço de clientelismo feito pelos administradores regionais, em campanha desde sempre e agora candidatos a vereador, será balanceado com essa negação que está no modo de ser carioca, de criticar muito e nada fazer a favor. Nessa hora o discurso direitista contra a aliança da prefeitura com o governo federal, e o esquerdista contra o modo tucano de governar de Paes poderá levar ao segundo turno com Freixo, o candidato que tem mais condições para crescer na campanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário