Guerra aos juros : A vez dos cartões de crédito

A tentativa do governo Dilma de baixar os juros conseguiu avanços no crédito direto ao consumidor, no consignado e para veículos, mas para a grande maioria da população a extorsão do oligopólio financeiro continua igual. Financeiras e cartões de crédito continuam praticando taxas maiores de 200% ao ano.

Para tentar forçar a queda dessa exploração irracional, dessa distorção do mercado, novas medidas foram anunciadas pelo governo obrigando o Banco do Brasil e a CEF a aumentar prazos e reduzir juros dos cartões. O que se espera é que os demais bancos corram atrás e reduzam suas imensas margens para que o crédito barateie e o consumo seja estimulado em bases mais razoáveis.

Diz o boletim da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, de onde copiamos o gráfico abaixo que mostra a queda de juros reais desde o governo Lula:

"Na Caixa, a redução na taxa anual do rotativo dos cartões de crédito chega a 52%, dependendo do produto. Já no parcelamento de fatura, a Caixa fez uma redução na taxa anual de até 36,87%. As novas taxas já estarão disponíveis para as compras realizadas em setembro e lançadas nas faturas a partir de outubro. O prazo de parcelamento é de até 36 vezes.

Já no Banco do Brasil, desde o último dia 5, as taxas para o parcelamento das faturas dos cartões Ourocard foram reduzidas em cerca de 30% - do patamar de 2,88% a 5,70% ao mês, para intervalo de 1,94% a 3,94% ao mês. O pagamento parcelado proporciona mais flexibilidade aos clientes que não dispõem de recursos para pagamento integral da fatura no vencimento. As novas taxas já valem para as faturas com vencimento a partir de 17 de setembro."