domingo, 20 de janeiro de 2013

Flamengo : Ano de superação de dificuldades

A diretoria recém-empossada tem muito pouco tempo para fazer as mudanças estruturais que se comprometeu em campanha, e colocar o Flamengo de volta no topo das disputas do futebol. Não tem sentido o clube com a maior torcida do mundo não ter uma equipe de futebol à altura. E não ter organização e dinheiro para ter do bom e do melhor.

As primeiras ações de saneamento financeiro acabaram com áreas deficientes financeiramente, mesmo ao custo de dispensar a vitoriosa equipe de natação. No futebol boa parte do plantel está em liquidação e nomes como Vagner Love e Ibson não estarão disponíveis em 2013. As contratações focam em jogadores de zaga e meio-campo, onde o destaque é Elias, sem anunciar nenhum nome de peso para o ataque.

O contrato de patrocínio com a Adidas foi o mais caro já feito pela empresa no mundo. À altura do uso do Manto Sagrado, que nos últimos anos portou patrocinadores nacionais. A multinacional alemã deverá investir R$ 410 milhões no patrocínio, nivelando o Flamengo em valores ao Real Madrid, Bayern de Munique, Chelsea e Milan. É o primeiro passo para a internacionalização da marca Flamengo,que deverá atrair mais patrocínios e investimentos.

Agora é jogar com os talentos criados em casa e promover atletas do plantel que não tiveram chances, como o centroavante Hernane, autor dos dois gols de ontem no jogo contra o desconhecido Quissamã, que pela primeira vez joga na Série A do campeonato fluminense. Lamentável foi a atitude da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, de colocar os ingressos a R$ 40 para jogos comuns e R$ 60 para os clássicos, causando a revolta das torcidas organizadas, que combinaram ir até o estádio do Engenhão mas não entrar.

Além disso a Federação parece não querer a presença da torcida, pois marcou jogos para horários de difícil participação e em estádios precários. Chega a ser natural, pois os demais times cariocas, que participam da Federação, sabem o quanto é chato passar por um adesivo como o da foto sem ter  taquicardia. Quando mais prejudicarem o Flamengo, acham eles, maior a possibilidade de acabar com a gozação.

Nem o Fluminense, que está com a melhor equipe do Rio, escapa disso. E de dever um campeonato da série B, por causa da tapetada que o levou da 3a divisão para a 1a. O que se dirá do Vasco, que está tão atolado em dívidas que teve o fornecimento de água reduzido, precisando usar o parque aquático como caixa-dágua para molhar o gramado, que está em péssimo estado.

 Já era um absurdo pagar R$ 40 no ano passado. Resultado: por bem menos, come-se e bebe-se bem nos bares e restaurantes que exibem o jogo pela TV. O boicote tem que continuar até que se baixe o preço do ingresso. Se agora está assim, imaginem quando o Maracanã estiver pronto, novinho em folha.


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