Hoje no Rio foram presas 24 pessoas envolvidas com uma rede de tráfico de drogas nos morros da Cruz e Chácara do Céu, que fazem parte da UPP do Borel. Um dos presos é um policial da UPP. O tráfico continuou, mesmo com a presença ostensiva da polícia. Os traficantes também estavam extorquindo mototaxistas, vans e comerciantes. Então, o que está mudando com as UPPs, que hoje dão a sensação de segurança tanto a quem mora nas comunidades como nas áreas vizinhas?
Os números mostram a queda da criminalidade com o desaparecimento do poder paralelo e das armas. A qualidade de vida melhorou com o acesso dos serviços públicos e iniciativas de cidadania. Mas parece que o tráfico não foi sufocado. Pior: saiu ganhando com as UPPs, porque teve corte substancial de custos com a defesa dos seus pontos.
Em 2009 a Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro fez um estudo que tentou mostrar como funciona economicamente o negócio do tráfico chamado "A economia do tráfico na cidade do Rio de Janeiro : uma tentativa de calcular o valor do negócio". Na época fiz um post analisando esse trabalho, que mostra que a rentabilidade seria muito baixa perto dos ganhos no mercado financeiro, por exemplo.
Um dos grandes custos que impactava na rentabilidade do tráfico era a segurança. Com a ameaça da concorrência de outras facções havia a necessidade de manter caros exércitos, com armamentos, munição, veículos e queima da mercadoria, afinal, todo esse contingente também era viciado. Os confrontos com a polícia onde havia apreensões de armas e drogas também causavam prejuízos. Fora os olheiros, fogueteiros, etc.
Isso tudo acabou com o advento das UPPs, porque as facções inimigas dos traficantes que já estão nas áreas pacificadas não entrarão mais. De alguma forma, sem uma ação para eliminar de vez o tráfico mesmo dissimulado em áreas ocupadas, nossos impostos estarão contribuindo para alimentar lucros das drogas, afinal, agora quem paga a segurança somos nós.
Os números mostram a queda da criminalidade com o desaparecimento do poder paralelo e das armas. A qualidade de vida melhorou com o acesso dos serviços públicos e iniciativas de cidadania. Mas parece que o tráfico não foi sufocado. Pior: saiu ganhando com as UPPs, porque teve corte substancial de custos com a defesa dos seus pontos.
Em 2009 a Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro fez um estudo que tentou mostrar como funciona economicamente o negócio do tráfico chamado "A economia do tráfico na cidade do Rio de Janeiro : uma tentativa de calcular o valor do negócio". Na época fiz um post analisando esse trabalho, que mostra que a rentabilidade seria muito baixa perto dos ganhos no mercado financeiro, por exemplo.
Um dos grandes custos que impactava na rentabilidade do tráfico era a segurança. Com a ameaça da concorrência de outras facções havia a necessidade de manter caros exércitos, com armamentos, munição, veículos e queima da mercadoria, afinal, todo esse contingente também era viciado. Os confrontos com a polícia onde havia apreensões de armas e drogas também causavam prejuízos. Fora os olheiros, fogueteiros, etc.
Isso tudo acabou com o advento das UPPs, porque as facções inimigas dos traficantes que já estão nas áreas pacificadas não entrarão mais. De alguma forma, sem uma ação para eliminar de vez o tráfico mesmo dissimulado em áreas ocupadas, nossos impostos estarão contribuindo para alimentar lucros das drogas, afinal, agora quem paga a segurança somos nós.
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