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No Brasil ontem foi o chororô da mídia, sempre tomando as dores da direita venezuelana e colocando Chávez como ditador. Chamaram a suprema corte venezuelana de "chavista" pela sua decisão, com amnésia dos fatos recentes ocorridos no STF, onde pessoas foram julgadas sem provas e as penas foram ampliadas para gerar prisões e, principalmente, grande estrago ao governo e partidos de esquerda. Isso permitiria a outros dizerem "STF demo-tucano".
S.J. D'el Rey (MG) - Túmulo de Tancredo Neves |
A miopia dessa gente retrógrada não permite que se enxergue além da própria realidade que inventam. Venezuela não é Brasil. Chávez não é Lula. A própria direita de lá contribuiu para isso, boicotando uma eleição parlamentar, permitindo que Chávez tivesse o controle quase total do Congresso. A direita, como sempre, acreditou no golpe, que até tentou, mas se deu mal. Assim Chávez reformou as estruturas do estado e consagrou direitos mais avançados. Também não vacilou com as forças armadas, que hoje possivelmente não apoiariam uma aventura golpista sem uma grande divisão. E organizou o povo, o que Lula e o PT, na ânsia de concentrar poder, não fizeram por aqui.
O próximo "round" está marcado para a eventual morte de Chávez. A direita vê nisso nova oportunidade, mas esquece que um velório de Chávez seria uma manifestação popular gigantesca, e que seus herdeiros políticos venceriam qualquer eleição seguinte, dada a comoção popular. Não tenho simpatias por Chávez, mas o papel que exerce hoje como contraponto ao imperialismo e à direita na América Latina supera em muito o de Cuba nas décadas anteriores.
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