Ontem os católicos comemoraram por todo o mundo a eleição do seu novo líder, com a esperança de transparência e modernização aos tempos atuais. O novo papa, o argentino Jorge Mario Bergoglio, não estava nas listas de nenhum "especialista", embora agora se fale que foi o segundo colocado quando Ratzinger foi escolhido no último conclave e se tornou Bento XVI.
Segundo informações de toda a mídia, é um jesuíta, querido na Argentina pelo seu trabalho com os pobres, carismático, e principalmente conservador nas principais questões que opoem a igreja à atualidade: aborto, direitos dos homossexuais, métodos anti-conceptivos, ordenação de mulheres.
É opositor dos Kirchner na Argentina. O que só vi no Jornal da Band é que também é acusado de ter colaborado com a ditadura militar. A Igreja na Argentina praticamente não viveu a onda de renovação havida em todo o resto da América Latina, sendo uma das mais reacionárias do continente.
Bergoglio nega ter ajudado a ditadura, em especial no episódio da prisão de dois padres jesuítas que eram influenciados pela Teologia da Libertação. Assim como Ratzinger disse que foi da juventude nazista mas não era nazista. Ou de FHC que disse que fumou maconha mas não tragou.
O mais surpreendente de tudo que vi e li sobre Bergoglio foi o depoimento do teólogo e ex-padre Leonardo Boff ontem no jornal da TV Brasil. Ele disse que adotar o nome de Francisco remete o novo papa a São Francisco Xavier, peregrino catequizador que se destacou como missionário na Ásia, e São Francisco de Assis, amante da natureza e dos pobres. Mostrou-se esperançoso com o novo papa.
Não dou palpite em religião, apenas me coloco com alguém que pode vir a ser afetado por elas e seus seguidores, na maioria das vezes intolerantes com os que professam outros credos ou são ateus. Analiso a eleição do ponto de vista político.
Previ no post "Prá não dizer que não falei do Papa" que o adequado para a estratégia da igreja seria a escolha de um papa do terceiro mundo, e que uma das razões seria combater o avanço da esquerda, em especial na América Latina. A escolha de Bergoglio seguiu alguns critérios nesse sentido: fidelidade à linha conservadora, no seu país a igreja não tem as nuances, por exemplo, da brasileira, que poderiam dificultar políticas dada a aproximação de dissidentes no acesso o papa, politicamente reacionário e combatente da esquerda. E filho de italianos, o que agrada o centro de poder no Vaticano.
Bergoglio pode ser para a América Latina o que João Paulo II foi para o leste europeu, pensam os estrategistas. Karol Wojtyla foi escolhido para oferecer resistência aos comunistas. Polonês, teve acordos com a CIA e foi fundamental para o desmonte dos regimes ditos comunistas. Como se portará Bergoglio, que já bate de frente com Cristina Kirchner, em relação a Dilma, Evo Morales, aos chavistas sem Chávez, Fidel, Correa e outras lideranças do continente? O futuro dirá a que veio.
Segundo informações de toda a mídia, é um jesuíta, querido na Argentina pelo seu trabalho com os pobres, carismático, e principalmente conservador nas principais questões que opoem a igreja à atualidade: aborto, direitos dos homossexuais, métodos anti-conceptivos, ordenação de mulheres.
É opositor dos Kirchner na Argentina. O que só vi no Jornal da Band é que também é acusado de ter colaborado com a ditadura militar. A Igreja na Argentina praticamente não viveu a onda de renovação havida em todo o resto da América Latina, sendo uma das mais reacionárias do continente.
Bergoglio nega ter ajudado a ditadura, em especial no episódio da prisão de dois padres jesuítas que eram influenciados pela Teologia da Libertação. Assim como Ratzinger disse que foi da juventude nazista mas não era nazista. Ou de FHC que disse que fumou maconha mas não tragou.
O mais surpreendente de tudo que vi e li sobre Bergoglio foi o depoimento do teólogo e ex-padre Leonardo Boff ontem no jornal da TV Brasil. Ele disse que adotar o nome de Francisco remete o novo papa a São Francisco Xavier, peregrino catequizador que se destacou como missionário na Ásia, e São Francisco de Assis, amante da natureza e dos pobres. Mostrou-se esperançoso com o novo papa.
Não dou palpite em religião, apenas me coloco com alguém que pode vir a ser afetado por elas e seus seguidores, na maioria das vezes intolerantes com os que professam outros credos ou são ateus. Analiso a eleição do ponto de vista político.
Previ no post "Prá não dizer que não falei do Papa" que o adequado para a estratégia da igreja seria a escolha de um papa do terceiro mundo, e que uma das razões seria combater o avanço da esquerda, em especial na América Latina. A escolha de Bergoglio seguiu alguns critérios nesse sentido: fidelidade à linha conservadora, no seu país a igreja não tem as nuances, por exemplo, da brasileira, que poderiam dificultar políticas dada a aproximação de dissidentes no acesso o papa, politicamente reacionário e combatente da esquerda. E filho de italianos, o que agrada o centro de poder no Vaticano.
Bergoglio pode ser para a América Latina o que João Paulo II foi para o leste europeu, pensam os estrategistas. Karol Wojtyla foi escolhido para oferecer resistência aos comunistas. Polonês, teve acordos com a CIA e foi fundamental para o desmonte dos regimes ditos comunistas. Como se portará Bergoglio, que já bate de frente com Cristina Kirchner, em relação a Dilma, Evo Morales, aos chavistas sem Chávez, Fidel, Correa e outras lideranças do continente? O futuro dirá a que veio.
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