Continuo sem tempo para escrever algumas centenas de posts sobre a viagem do ano passado à Ásia, mas este é urgente, porque o tema pode ser superado em algumas horas, com a retomada de uma guerra entre as duas Coréias. Aí a fronteira entre os dois países deverá ser a principal zona de confronto, acabando com o ponto turístico. Além, claro, de matar milhares de pessoas pela insanidade do estalinismo do Kim Jong Un.
Dispondo de apenas 72 horas para conhecer algo na Coréia do Sul, elegemos o passeio à DMZ (De-militarized Zone) como prioridade, e algumas atrações em Seul. Perdemos muito tempo com isso, entramos em algumas ciladas mas chegamos lá para contar o que talvez ninguém mais veja se acabar o armistício que mantém as duas partes da península em trégua desde 1953. Se alguém for por lá, pegue uma excursão de ônibus dessas que oferecem nos hotéis de Seul. Sai mais caro mas se perde menos tempo. E se perde menos também.
Na verdade fomos duas vezes até lá. Pegamos o trem da Gyeonggui Line na Seoul Station (numa entrada lateral, bem escondida, porque esse é direto) até Munsan. De lá pegamos o outro trem até Imjingak, que fica a uns 15 km da DMZ, mas não pudemos seguir porque já tinha passado o horário do trem para lá e tem um protocolo que te obriga a entrar numa excursão guiada, já que ninguém pode se desgarrar do grupo e correr o risco, por exemplo, de fazer uma gracinha junto à fronteira e pisar numa mina terrestre ou levar um tiro dos norte-coreanos que se sentirem ameaçados.
Não perdemos a viagem, porque há um verdadeiro parque temático da Guerra Fria com tanques, aviões, veículos bombardeados, memoriais aos mortos estrangeiros que lutaram por lá em 1952, restaurantes, museu da paz, etc. Uma verdadeira Disney da propaganda das boas intenções de paz com cheiro de Guerra Fria, que leva milhares de turistas todo ano por lá.
Ainda tentamos cruzar o rio a pé através de uma ponte rodoviária, mas no posto militar as caras dos soldados pareciam indicar que estávamos fazendo algo insano, mas mesmo assim nos trataram numa boa e retornamos os mesmos 2 km a pé. Chegando de volta à estação de Imjingak verificamos que não havia mais trem naquele horário, e tomamos um ônibus local para a estação de Munsan e daí para Seul.
Essa foi a verdadeira aventura de reconhecimento do terreno. O interior da Coréia do Sul é pobre, agrícola, e suspeitamos que por baixo daquelas lavouras simples deve haver muito armamento que brotará em caso de guerra. As cidades têm grandes conjuntos habitacionais que lembram o formato usual no leste europeu na era soviética. Praticamente não há indústrias na região. Devem ser cidades-satélites de Seul, que fica a 50 km de trem. Passeamos pela zona rural com pessoas bem simples entrando e saindo do ônibus e certamente estranhando um casal ocidental perdido por ali achando tudo bonito.
Valeu a pena mas não era o nosso foco, o que levou à aceleração de todo o planejamento para permitir tentar de novo no dia seguinte, que relatamos na Parte 2 : Dorasan. Se não for tudo pelos ares nos próximos dias, vou completar este post com preços, horários, etc.
Dispondo de apenas 72 horas para conhecer algo na Coréia do Sul, elegemos o passeio à DMZ (De-militarized Zone) como prioridade, e algumas atrações em Seul. Perdemos muito tempo com isso, entramos em algumas ciladas mas chegamos lá para contar o que talvez ninguém mais veja se acabar o armistício que mantém as duas partes da península em trégua desde 1953. Se alguém for por lá, pegue uma excursão de ônibus dessas que oferecem nos hotéis de Seul. Sai mais caro mas se perde menos tempo. E se perde menos também.
Na verdade fomos duas vezes até lá. Pegamos o trem da Gyeonggui Line na Seoul Station (numa entrada lateral, bem escondida, porque esse é direto) até Munsan. De lá pegamos o outro trem até Imjingak, que fica a uns 15 km da DMZ, mas não pudemos seguir porque já tinha passado o horário do trem para lá e tem um protocolo que te obriga a entrar numa excursão guiada, já que ninguém pode se desgarrar do grupo e correr o risco, por exemplo, de fazer uma gracinha junto à fronteira e pisar numa mina terrestre ou levar um tiro dos norte-coreanos que se sentirem ameaçados.
Não perdemos a viagem, porque há um verdadeiro parque temático da Guerra Fria com tanques, aviões, veículos bombardeados, memoriais aos mortos estrangeiros que lutaram por lá em 1952, restaurantes, museu da paz, etc. Uma verdadeira Disney da propaganda das boas intenções de paz com cheiro de Guerra Fria, que leva milhares de turistas todo ano por lá.
Ainda tentamos cruzar o rio a pé através de uma ponte rodoviária, mas no posto militar as caras dos soldados pareciam indicar que estávamos fazendo algo insano, mas mesmo assim nos trataram numa boa e retornamos os mesmos 2 km a pé. Chegando de volta à estação de Imjingak verificamos que não havia mais trem naquele horário, e tomamos um ônibus local para a estação de Munsan e daí para Seul.
Essa foi a verdadeira aventura de reconhecimento do terreno. O interior da Coréia do Sul é pobre, agrícola, e suspeitamos que por baixo daquelas lavouras simples deve haver muito armamento que brotará em caso de guerra. As cidades têm grandes conjuntos habitacionais que lembram o formato usual no leste europeu na era soviética. Praticamente não há indústrias na região. Devem ser cidades-satélites de Seul, que fica a 50 km de trem. Passeamos pela zona rural com pessoas bem simples entrando e saindo do ônibus e certamente estranhando um casal ocidental perdido por ali achando tudo bonito.
Valeu a pena mas não era o nosso foco, o que levou à aceleração de todo o planejamento para permitir tentar de novo no dia seguinte, que relatamos na Parte 2 : Dorasan. Se não for tudo pelos ares nos próximos dias, vou completar este post com preços, horários, etc.
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