Quando a gente anda em feira, supermercado e padaria consegue ter mais visão que as mídias tradicionais não oferecem. E mesmo que queiram fazer um trabalho mais próximo à realidade das pessoas, usam os dados para manipulação.
Da grande mídia tirei um dado interessante de hoje: o endividamento do brasileiro é recorde. Não que signifique inadimplência, mas que as pessoas já não têm muita margem para novos gastos. Ou para pagar preços que abusivamente tenham subido na onda patrocinada pela mídia onde o tomate foi vilão, mas já baixou de preço. O discurso terrorista dos grandes meios de comunicação é para forçar a indexação e a alta a partir da "verdade" do descontrole de preços. Até onde isso vai, com o bolso das pessoas mais restrito?
Fui à padaria comprar um sorvete de 2 litros , pelo qual pagava há dois meses o valor de R$ 17. Hoje está a R$ 20, ou seja, um aumento de quase 20%. A título de quê? Como não tinha o preço, perguntei à moça do caixa que perguntou a outra pessoa até me retornar. Perguntei então: não decorou o novo preço, que subiu muito? Ela disse que praticamente não estavam mais vendendo o sorvete. Um bem supérfluo, e como tal também não comprei, ajudando ao dono do comércio a repensar se vale a pena não vender nada e manter seu preço.
No supermercado torna-se comum a cena da pessoa mais pobre chegar ao caixa com uma porção de produtos e na hora do pagamento fazer suas opções, ao custo de uma fila bem grande. Como têm recurso limitado pelo dinheiro vivo, os mais pobres que se acostumaram a alguns produtos diferentes pela elevação do poder de compra agora estão rifando os supérfluos e outros "luxos", como carne. Levam só o que cabe no dinheiro disponível, e assim algumas coisas encalham.
Os supermercados, sabendo disso, armam arapucas como dividir uma bandeja de iogurte de unidades, que era vendida há um mês na base de R$ 4, com quatro unidades, e botam duas unidades a R$ 2,80 para poder encaixar no orçamento apertado do pobre. Um reajuste de 40%!
Já o cabeleireiro que aumentou de R$ 15 para R$ 20 pode até não ter um substitutivo, mas pode encontrar outro tipo de ameaça: os altos preços dos serviços e a baixa taxa de juros podem estimular a entrada de novos concorrentes, que poderão forçar o preço para baixo. Pior: com um concorrente a clientela pode ser reduzida à metade, inviabilizando tanto o seu negócio como o novo. Suicídio em potencial.
Nesta semana haverá reunião do COPOM. Taxas de juros básicos da economia em nada ajudam a baixar a inflação, apenas sinalizam para a queda da atividade econômica. Pela queda dos preços dos produtos básicos e pela recusa das pessoas em pagar preços inflacionados é que não deverá haver qualquer movimento de alta dos juros.
Da grande mídia tirei um dado interessante de hoje: o endividamento do brasileiro é recorde. Não que signifique inadimplência, mas que as pessoas já não têm muita margem para novos gastos. Ou para pagar preços que abusivamente tenham subido na onda patrocinada pela mídia onde o tomate foi vilão, mas já baixou de preço. O discurso terrorista dos grandes meios de comunicação é para forçar a indexação e a alta a partir da "verdade" do descontrole de preços. Até onde isso vai, com o bolso das pessoas mais restrito?
Fui à padaria comprar um sorvete de 2 litros , pelo qual pagava há dois meses o valor de R$ 17. Hoje está a R$ 20, ou seja, um aumento de quase 20%. A título de quê? Como não tinha o preço, perguntei à moça do caixa que perguntou a outra pessoa até me retornar. Perguntei então: não decorou o novo preço, que subiu muito? Ela disse que praticamente não estavam mais vendendo o sorvete. Um bem supérfluo, e como tal também não comprei, ajudando ao dono do comércio a repensar se vale a pena não vender nada e manter seu preço.
No supermercado torna-se comum a cena da pessoa mais pobre chegar ao caixa com uma porção de produtos e na hora do pagamento fazer suas opções, ao custo de uma fila bem grande. Como têm recurso limitado pelo dinheiro vivo, os mais pobres que se acostumaram a alguns produtos diferentes pela elevação do poder de compra agora estão rifando os supérfluos e outros "luxos", como carne. Levam só o que cabe no dinheiro disponível, e assim algumas coisas encalham.
Os supermercados, sabendo disso, armam arapucas como dividir uma bandeja de iogurte de unidades, que era vendida há um mês na base de R$ 4, com quatro unidades, e botam duas unidades a R$ 2,80 para poder encaixar no orçamento apertado do pobre. Um reajuste de 40%!
Já o cabeleireiro que aumentou de R$ 15 para R$ 20 pode até não ter um substitutivo, mas pode encontrar outro tipo de ameaça: os altos preços dos serviços e a baixa taxa de juros podem estimular a entrada de novos concorrentes, que poderão forçar o preço para baixo. Pior: com um concorrente a clientela pode ser reduzida à metade, inviabilizando tanto o seu negócio como o novo. Suicídio em potencial.
Nesta semana haverá reunião do COPOM. Taxas de juros básicos da economia em nada ajudam a baixar a inflação, apenas sinalizam para a queda da atividade econômica. Pela queda dos preços dos produtos básicos e pela recusa das pessoas em pagar preços inflacionados é que não deverá haver qualquer movimento de alta dos juros.
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